Se os leitores de Paulo fossem ao mesmo tempo “velho homem” e “novo homem”, teríamos uma esquizofrenia psicológica e histórico-redentora. O verdadeiro crente não é mais um “velho homem” incrédulo, mas um “novo homem” que crê. Uma vez que o “novo homem” não atingiu a perfeição, o pecado ainda habita os crentes por causa do poder do Maligno, da influência do mundo, dos efeitos nocivos de viver com um corpo decaído e do ser interior imperfeito dos próprios crentes. O que importa, porém, é que a grande batalha chegou ao fim, pois os crentes experimentaram a morte decisiva em Cristo e a vitória também decisiva pela identificação com a ressurreição dele. É verdade que o pecado permanece, mas o poder do novo homem é dominante, e aos poucos (talvez), mas certamente, subjugará os impulsos pecaminosos, embora a perfeição nunca seja alcançada antes da ressurreição definitiva do corpo no fim desta era.
(G. K. Beale, “A New Testament Biblical Theology”, futuro lançamento da Vida Nova)
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