Será que conseguiríamos viver num mundo sem misericórdia? Sendo bem realistas e concordando com a descrição bíblica sobre nossa condição de ainda pecadores, nenhum de nós suportaria uma vida sem misericórdia. Precisamos de misericórdia porque nem nós e nem as pessoas com quem nos relacionamos nesta vida são perfeitos.
Que importância nós temos dado ao exercício da misericórdia nos nossos relacionamentos? É possível, por exemplo, nos relacionarmos bem com os outros sem nos preocuparmos com as preocupações dos outros?
Como cristãos somos ensinados pelas Escrituras Sagradas que não apenas recebemos misericórdia do nosso Deus, mas também, somos chamados para sermos misericordiosos. Na definição de Paul Tripp, misericórdia é compaixão em combinação com tolerância e ação.
Leia Tg 2.1-13 e perceba a necessidade e importância que Deus dá à misericórdia nos relacionamentos. Deus nos chama para respondermos uns aos outros com um coração misericordioso. Devemos oferecer aos outros a mesma misericórdia que recebemos dele! Sendo assim, um relacionamento sem misericórdia é um relacionamento vivido fora da instrução bíblica. Com certeza ser misericordioso não é nada fácil, mas é o que Ele nos manda fazer.
Entretanto, ao tentarmos oferecer misericórdia aos outros, perceberemos o quão egoísta e insensível nós somos e então veremos o quanto nosso coração necessita do poder e da graça de Jesus. Oferecer misericórdia exige sempre misericórdia.
Considere, abaixo, algumas das manifestações práticas na vida de alguém que está comprometido com a misericórdia:
- Disposição para sofrer para o bem de outra pessoa
- Disposição para se compadecer e ajudar o pobre (várias formas de pobreza).
- Resistir à tentação de ignorar os que não pertencem à nossa “turma” ou, resistir á tentação do favoritismo.
- Estar comprometido com a perseverança. Não desistir dos outros, mesmo em tempos difíceis.
- Disposição para sair do conforto egoísta a fim de compartilhar com outros, o que tenho recebido do Senhor.
- Estar comprometido com o perdão. “Escolhemos os favoritos por que não gostamos de nos relacionar com pessoas que precisarão do nosso perdão.”- P. Tripp
- Estar comprometido com a Verdade, sem negociar o que é moralmente certo e verdadeiro.
Admita que a nossa luta com a misericórdia é que existem coisas que desejamos mais do que Deus e isso nos leva a negligenciamos não apenas o mandamento de “amar o próximo como a si mesmo”, mas também o primeiro grande mandamento: “amar ao Senhor de todo coração, de toda a alma e de todo o entendimento”. – Mt 22.37-39.
Que em Sua misericórdia o Senhor nos livre do egoísmo idólatra e nos ajude a sermos misericordiosos nos nossos relacionamentos, especialmente na nossa família e igreja.
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