Filho meu,
Sem dúvida, a pessoa que nós mais precisamos olhar e imitar é o nosso Senhor e Rei Jesus. Ainda assim, eu gostaria que você, junto comigo, olhasse para outras pessoas que trabalharam para que Jesus fosse ainda mais apreciado e melhor entendido. Por exemplo, esse cara chamado Atanásio (296 – 373 A.D.).
Ele era conhecido como anão negro pelos seus inimigos, que eram muitos. Ele nasceu no Egito e, durante o império de Roma, ele foi mandado embora de onde morava algumas vezes, ou seja, exilado algumas vezes. Cinco foi o número das vezes. Seus esforços durante toda a vida fizeram com que seus inimigos, cuja compreensão da Bíblia era errada, fossem expulsos, e não ele.
Atanásio era assistente do bispo de Alexandria, que se chamava Alexandre, e ambos sabiam que Jesus era Deus. Ário, que era presbítero na Líbia, pregava que se o Pai gerou o Filho, então o Filho teve um começo. Assim, houve um tempo em que o filho não era; lembra-se de quando Jesus disse: “eu sou?” Complicado né? Em resumo, saiba que o argumento de Ário estava errado e ele o espalhava por todos os lugares que tinha a oportunidade. O correto, como ensina a Bíblia e também ensinavam Alexandre e Atanásio, era e é que Jesus e o Pai são Deus. Eles nunca nasceram, porque sempre existiram. Eu sei… Isso não ficou menos complicado, mas é assim que a Bíblia nos ensina. Assim é a verdade!
Quando nós estudamos a Bíblia, meu filho, existem coisas que descordamos um dos outros. Coisas que são de menor importância. Mas dizer que Jesus havia sido criado, era negar Sua divindade, era e e dizer que Ele não é Deus. Isso compromete a fé que, por causa da graça de Deus, nos salva.
Sabe o que fez Atanásio um homem muito importante na história? Ele defendeu com todo vigor que Jesus era Deus. Essa luta foi tão grande, que fez o imperador Constantino convocar uma reunião entre os bispos. A esta reunião nós damos o nome de concílio. Nesta reunião, que aconteceu em Niceia, o lado que pensava como Atanásio venceu e considerou Ário alguém que nós chamamos de herético. Ele foi condenado e enviado para longe de onde morava, mas sua influência já era tão grande que o estrago não parou.
Os discípulos de Ário fizeram a cabeça do imperador Constantino e este ordenou que Atanásio restabelecesse Ário à comunhão. Atanásio, que conhecia o perigo de ter Ário por perto, se recusou em fazê-lo. Atanásio começou a sofrer falsas acusações. Uma delas fez Constantino expulsá-lo para a Alemanha. O imperador morreu dois anos depois disso e Atanásio voltou, porém, sem apoio de outros líderes das igrejas, pois Ário e suas ideias tinham crescido na região. Atanásio foi expulso mais três vezes até que ficou de vez na sua própria terra, quando ele tinha cerca de 70 anos. Durante os anos que ficou expulso, Atanásio escreveu muito. Seus livros foram bastante populares.
Filho meu, que lição podemos tirar da história de Atanásio? Ele conhecia a verdade e lutou para que ela fosse espalhada, e não a mentira. Atanásio usou seu tempo para o Reino de Deus. Além disso, mesmo tendo sido ele afastado de sua casa por cinco vezes, ele não desistiu, porque sabia que a instrução e o conhecimento do Senhor Deus vale mais que prata e ouro (Pv 8.10).
“Obrigado, Deus, por homens como Atanásio. Obrigado pelos homens que colocam sua vida em risco para que a verdade continue sendo pregada e a mentira apagada. Que nós sejamos como ele, corajosos, porque nada é mais valioso que desfrutar da Sua Palavra, bondoso Deus. Em nome de Jesus, amém.”
Adaptado de Galli, M., & Olsen, T. 131 Christians everyone should know. Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers.
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