Por Fernando Leite
mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. (1Pe 1.19-20)
O piedoso do Antigo Testamento sabia que nada podia fazer para que pudesse ser resgatado da condição de estar à parte de Deus, e sem desfrutar de um relacionamento favorável. Essa visão fica muito clara no Salmo 130, em que o autor diz: ‘3 Se tu, Soberano Senhor, registrasses os pecados, quem escaparia?’ Com isso ele reconhece que pecados registrados condenam a todos, sem exceção. Além disso, o Deus justo não acoberta pecado algum, mas Ele pode e provê perdão, que é a certeza que o salmista revela: ‘4 Mas contigo está o perdão para que sejas temido.’. De onde ele tirou esta ideia que Deus tem o perdão? Ele identifica a origem da sua confiança: ‘5 Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança.’. Ele esperava e confiava na palavra de Deus, que prometia ‘7 …amor leal e plena redenção’, e ‘8 Ele próprio redimirá Israel de todas as suas culpas.’. A confiança do salmista estava na promessa de Deus de que ele proveria a redenção, o perdão dos pecados. Assim, os animais que eram sacrificados não resolviam essa questão, somente apontavam para a solução que viria de Deus.
A redenção se daria, e se deu, pelo precioso sangue, de um cordeiro sem mancha e sem defeito, que já era conhecido por Deus antes mesmo da fundação do mundo. (20) Isto é, ele vivia em pleno relacionamento com Deus, mas a seu tempo veio na forma humana, teve o nome de Jesus, Jeová salva, e veio no papel de Cristo, enviado por Deus com o propósito de resgatar o homem perdido. O propósito era buscar e salvar o homem perdido, e para isso derramou seu sangue, que é o mesmo que dizer que ele entregou sua vida por nós.
Quando se pensa que Cristo teve que derramar seu sangue, isto é, morrer para resgatar o homem, pode-se questionar se isso era mesmo necessário, os se não seria um caso de abuso da parte de Deus Pai, que o sujeitou a tamanho sofrimento. Se não fosse necessário, seria abuso, mas diante do caráter justo de Deus isso se fazia necessário. O que tem a ver a justiça com o morte de Cristo? Quando somos ofendidos, podemos entender que o perdão é o melhor caminho até para o ofendido, mas emocionalmente não é tão fácil para perdoar. Para Deus isso é o inverso: por causa de seu caráter amoroso, bondoso e misericordioso, ele tem facilidade emocional para perdoar; mas seu caráter justo não permite que ‘quebre um galho’, pois se ‘quebrasse um galho’ simplesmente declarando perdoado, ele seria amoroso, mas não justo.
Deus propôs a morte do único justo, Jesus, para morrer por pecadores dignos de serem condenados a viverem à parte de Deus. Mas o Deus amoroso decidiu nos salvar, enviou seu filho em forma humana, mas sem pecar; para que na cruz fosse julgado em nosso lugar, e justiça feita pudesse nos salvar. Fomos comprados pelo sangue de Cristo. Em sua crucificação nossa culpa foi paga.
Obrigado Senhor!
Tags: 1Pedro Fernando Leite Sangue
