Por Marcos Granconato
Pergunta original: “Por que o senhor disse nas palestras que não é recomendável que o crente busque ajuda profissional para os seus problemas emocionais? Se esses profissionais podem ajudar, qual o problema em procurá-los?”
Eu não disse que os crentes não devem buscar ajuda profissional para seus problemas emocionais. Como pastor, muitas vezes encaminho pessoas que me procuram para psicólogos de minha confiança e juntos já conseguimos a “cura” de muita gente que precisava de tratamento pesado e acompanhamento médico.
O que eu disse é que há crentes que não sabem buscar na Palavra de Deus nenhuma gota de consolo. Se são reprovados numa prova ou se não conseguem comprar uma roupa nova já caem em depressão e vão fazer análise. Sei de crentes que quando recebem uma má notícia, imediatamente ligam para o psicólogo para marcar uma consulta e se envolvem num “tratamento” que a meu ver é desnecessário, considerando que a Palavra de Deus “é perfeita e restaura a alma” (Sl 19.7). E que dizer daqueles crentes que buscam nos “profissionais” orientações sobre como educar seus filhos, quando a Bíblia fornece tudo de que precisamos nessa área? De fato, há crentes para quem a Bíblia não tem qualquer força de consolo e auxílio. São pessoas que não creem no seu poder restaurador e capacitador e confiam mais na ciência do que no Espírito Santo que, conforme ensinou Jesus, é o Conselheiro Supremo (Jo 14.16-17).
Essas pessoas não sabem lidar com os problemas da vida como crentes; não sabem buscar nele o alívio almejado e, assim, gastam rios de dinheiro em tratamentos que muitas vezes são incapazes de produzir aquele efeito maravilhoso que os que andam com Deus conhecem. Será que um psicólogo pode produzir em algum paciente a paz que excede a todo o entendimento, a paz que guarda o coração e a mente de que fala Paulo em Filipenses 4.6-7? Duvido muito. Aliás, quando a psicoterapia completou cem anos de existência muitos estudiosos se manifestaram questionando sua eficiência. Segundo eles, pessoas acometidas de fortes dores emocionais em virtude de luto, quando faziam “análise” se recuperavam no mesmo período de tempo daquelas que jamais haviam procurado um psicoterapeuta. Isso levava a crer que o tempo é que servia de remédio para os enlutados e não o tratamento com um psicólogo.
A meu ver, tudo isso significa que muita importância tem sido dada à psicologia e nenhum valor tem sido dado à Bíblia. Acredito que um equilíbrio maior deva ser abraçado pelos crentes. Não vamos jogar fora a psicologia que já se comprovou útil em muitos aspectos. Porém, ela não pode ocupar o lugar da Sagrada Escritura, do Espírito Santo e da oração na vida do crente. Acredito que o cristão pode manter o equilíbrio nessas coisas, buscando ajuda médica sim, mas somente nas áreas em que Deus deixou para a ciência cuidar.
Fonte: Igreja Batista Redenção
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