Carlos, o que você acha da frase abaixo, por Paul Washer (Dez Acusações Contra a Igreja Moderna)?

A doutrina do crente carnal tem destruído mais vidas e enviado mais pessoas para o inferno do que podemos imaginar! Os crentes lutam com o pecado? Sim. Um crente pode cair em pecado? Sim. Um crente pode viver em um estado permanente de carnalidade, todos os dias de sua vida, não produzindo fruto, e ser um verdadeiro crente? Não, de modo algum – pois, se assim fosse, toda promessa de preservação dada no AT em referência à aliança do NT falharia, e tudo que Deus falou sobre disciplina em hebreus, seria uma mentira (Hb 12.6)! “Cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto” (Lc 6.44).

Não nos enganemos, a doutrina da graça livre pode ser pervertida de modo a dar a pecadores a impressão de que estão garantidos por uma segurança que não se justifica. A doutrina da disciplina em Hebreus ensina que permanência na imaturidade produzirá disciplina para os que de fato são filhos.

Esse tipo de argumentação, curiosamente, menospreza um dos pontos chave do chamado calvinismo (i.e., dortianismo), a depravação total (e o seu corolário, o pecado residual na vida do crente).

O termo “mito” zomba de Paulo, que trata os carnais como irmãos e crentes legítimos. O que precisamos é exegese com base no texto e não com conclusões prévias baseadas no sistema.