Por Ken Ham e Steve Ham
5 de maio de 2011
Benvindos à guerra
Hoje em dia a família está sob ataque, como nunca esteve antes. Pais sábios precisam reconhecer isso e desenvolver suas próprias estratégias para se proteger e contra-atacar.
Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam- lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos (I Pedro 5:8-9).
Hoje em dia a família está sob ataque, como nunca esteve antes. Pais sábios precisam reconhecer isso e desenvolver suas próprias estratégias para se proteger e contra-atacar. Está surgindo ao nosso redor, uma geração que nada sabe sobre Deus, permite (e até mesmo encoraja) o sexo antes do casamento, o aborto, a homossexualidade, casamentos gays, ministros homossexuais, e o divórcio fácil. Em geral, eles não creem que exista algo como a verdade absoluta ou moralidade absoluta. Essa geração degenerada não está somente surgindo, ela já surgiu. Embora um remanescente de verdadeiros adoradores ainda permaneça, o ataque a família tem o potencial de eliminar os absolutos Cristãos de nossa sociedade.
O ataque vem daqueles que construíram seu pensamento sobre bases de crenças anti-Deus que estão destruindo a sociedade. Esse ataque a Palavra de Deus resultou no desaparecimento da unidade familiar — a mesma unidade que Deus usa para transmitir o conhecimento de Si mesmo para cada geração e para o mundo todo.
A questão central na batalha é aquilo que as pessoas acreditam com relação às origens, pois essas crenças determinam sua visão de mundo.
O ataque aos nossos filhos vem de várias fontes. Algumas delas são bastante óbvias; outras estão debaixo de nossos narizes, e você provavelmente nem sabe disso. Que não haja dúvida de que por trás de cada ataque, está um inimigo que está fazendo tudo o que pode para secretamente ou abertamente “roubar, matar, e destruir” (João 10:10). Satanás está usando várias táticas para tentar derrotar nossos filhos e nossa família. As três mais destrutivas são: 1) humanismo secular, 2) pressão do grupo, e 3) concessões.
Humanismo Secular
O “Secularismo” é uma filosofia que afirma que não há Deus — ou que, se existe um Deus, Ele é irrelevante. O “Humanismo” essencialmente diz que na ausência de Deus, os humanos podem e vão agir como deuses julgando, escolhendo, e definindo o certo ou o errado por si mesmos. A filosofia que permeia o sistema de educação pública combina essas duas filosofias em uma; que ensina que Deus não existe, que não existem absolutos, e que qualquer coisa que pertence à visão Cristã do mundo a partir da Palavra de Deus, não pode ser tolerada.
A base do humanismo secular em nossa idade moderna é a evolução Darwiniana. É por isso que a evolução e datar a Terra em milhões de anos, são coisas tão ensinadas em escolas públicas e outras instituições educacionais hoje. A evolução darwiniana e a alegação de que a Terra tem milhões de anos de idade, são mais do que apenas questões de biologia e datação. Em sua essência são a filosofia de que o homem, por si mesmo, determina as verdades sobre as origens e, portanto, a vida. Muitos não entendem isso porque não aprenderam a diferença entre a ciência observacional (o que se pode observar e repetir – a ciência que construiu a nossa tecnologia moderna), e ciência histórica (crenças sobre o passado que não podem ser observadas diretamente ou repetidas) .
A filosofia humanista secular também se infiltrou em instituições cristãs – aqueles que têm comprometido a Palavra de Deus com os ensinamentos do mundo. Eles estão ensinando gerações de estudantes a acreditarem que a Bíblia não é infalível e, portanto, não pode ser a autoridade absoluta de Deus. O resultado não deveria ser surpreendente, mas ainda é impressionante: a pesquisa Barna descobriu que, dos adolescentes de hoje que se dizem cristãos nascidos de novo, apenas nove por cento acreditam que existe uma verdade moral absoluta![1]
Se você não acha que a pressão é intencional ou estratégica, considere esta citação de um humanista americano:
Estou convencido de que a batalha para o futuro da humanidade deve ser travada e vencida na sala de aula da escola pública por professores que percebem corretamente o seu papel como proselitistas de uma nova fé: a religião da humanidade que reconhece e respeita a centelha de que os teólogos chamam divindade em cada ser humano. Estes professores deve encarnar a mesma dedicação altruísta dos pregadores fundamentalistas mais fanáticos, pois serão outro tipo de ministros, utilizando uma sala de aula, em vez de um púlpito para transmitir valores humanistas em qualquer disciplina que ensinarem, independentemente do nível escolar – pré-escola ou uma grande universidade estadual. A sala de aula deve, e vai se tornar, uma arena de conflito entre o velho e o novo – o cadáver putrefato do cristianismo, juntamente com todos os seus males e miséria adjacentes, e a nova fé do humanismo.[2]
Seja em escolas públicas, escolas cristãs, ou ensinando em casa, os pais devem estar cientes da influência que professores, livros didáticos e outros alunos têm sobre seus filhos. Professores não-cristãos sem convicções cristãs certamente não podem ensinar seus alunos na verdade cristã. Porque as crianças que têm tais professores são ensinadas dentro de um quadro evolutivo e anti-Deus, as tentações pecaminosas são muitas vezes introduzidas através da educação sexual, filosofia e materialismo. Devido as tendências inerentes de seus filhos para o mal e para longe de Deus, os pais devem ser ainda mais diligentes em casa para refutar as influências do humanismo secular.
Pressão de grupo
Não se deixem enganar: “As más companhias corrompem os bons costumes” – 1Coríntios 15:33 (NIV).
Eu acredito que a pressão social é uma das armas mais eficazes de Satanás sobre seus filhos.
É uma enorme pressão sobre nós, como adultos também. O mal irá influenciar o bem mais do que o bem irá influenciar o mal: este é um princípio bíblico e faz claramente sentido para qualquer um que entenda as tendências pecaminosas da natureza caída e os desejos da carne.
Veja o exemplo de Ló em Gênesis 18 e 19. Será que o mal na cidade de Sodoma influenciou Ló, ou Ló influenciou Sodoma para o bem? Seus genros nem sequer acreditaram nele com relação à advertência de Deus de que Ele iria destruir a cidade! Mesmo sua esposa olhou para trás (com saudade), ao contrário da instrução clara de Deus e foi transformada em uma estátua de sal. Pense nisso – o que realmente influenciou quem?
Sejamos honestos. Quando em um ambiente pagão, nossas crianças trazem para casa palavrões e piadas “sujas” ou fazem os outros levarem para suas casas versículos da Bíblia? O que é mais provável de ocorrer? Você sabe a resposta – a primeira opção é muito mais provável de acontecer. Isso acontece em todos os níveis, desde indivíduos até nações inteiras. Lembre-se que Jeremias disse ao povo em Jeremias 10:2
“Assim diz o Senhor: Não aprendam as práticas das nações”
Os israelitas deviam influenciar as nações, mas em vez disso eles constantemente aceitavam os costumes pagãos das nações ao seu redor, causando grandes problemas e conflitos em sua nação.
Ao longo dos anos, nós, às vezes, temos sido criticados como família, porque temos sido muito cauteloso sobre com quem deixamos nossos filhos se misturarem. Temos sido o mais cuidadoso possível na escolha de que crianças e adultos podem estar associados a nossos filhos.
Muitos anos atrás, um líder de grupo de jovens em nossa igreja queria que nossos filhos frequentassem o grupo a fim de serem uma boa influência para outros jovens (que não tinham o mesmo tipo de padrões bíblicos que nós temos). O problema era que nós realmente não queríamos que nossos filhos se misturassem com algumas dessas outras pessoas, que poderiam influenciá-los para o mal. Naquela fase, não achávamos que os nossos filhos estavam maduros o suficiente para lidar com a situação, e então tivemos que tomar algumas decisões difíceis e limitar o envolvimento dos nossos filhos em coisas que até eram rotuladas como “Cristãs”.
Só porque algo é supostamente “Cristão” não significa que é seguro. Muitas vezes pais desesperados enviaram uma criança rebelde a uma escola cristã, ou ao acampamento, ou a um grupo de jovens, na esperança de que eles sejam “consertados”. Pais ignorantes também enviam filhos inocentes, tementes a Deus para esses mesmos ambientes se esquecem de sua responsabilidade de proteger e ensinar seus filhos, pensando que eles estarão “seguros” porque estão em um ambiente de “Cristão”. A mistura pode ser perigosa, pois é muito mais fácil que nossos filhos sejam puxados para baixo do que arrastem os outros para cima.
Mally e eu tivemos que lidar com questões relacionadas à “pressão do grupo”, em muitas ocasiões, e sempre tentei fazer isso de forma a dar um bom exemplo para que nossos filhos aprendessem com isso, para seu futuro papel como pais.
Por exemplo, nossa filha (quando tinha cerca de 12 anos) chegou em casa e disse que tinha sido convidada para uma festa de aniversário e uma festa do pijama na casa aonde a festa seria realizada. Ela disse que vários outros jovens também iriam à essa festa de aniversário com festa do pijama.
Imediatamente, minha esposa e eu ficamos preocupado com quem mais estaria nesta festa do pijama, e quem iria supervisionar o evento. Nesse ambiente, percebemos que a pressão dos colegas poderiam ter um efeito negativo sobre nossa filha e poderia levar a todos os tipos de problemas, dependendo de quem estaria presente, etc. Sabíamos que os jovens que não têm os mesmos padrões de nossa família poderiam pressionar os outros a se envolverem em atividades imorais, seja assistindo certas coisas na TV, olhando revistas, ou a terem certos comportamentos imorais.
Nós dissemos a nossa filha que precisávamos verificar certas coisas com cuidado para sua própria proteção. Ligamos para a família que estava dando a festa e pedimos mais detalhes sobre o evento e as crianças que estariam presentes. Nós não conhecíamos bem esta família, mas soubemos que eles eram membros de uma igreja. Então, ligamos para o pastor deles e explicamos a situação. O pastor não divulgou informações confidenciais, mas nos aconselhou a permitir que nossa filha fosse à festa, mas que ela não permanecesse para a festa do pijama. Ele tinha sérias reservas em relação a isto.
Foi-nos dito para levá-la para a festa e depois buscá-la em um determinado horário. Lembro-me de ela estava muito decepcionada. Ela tentou nos convencer a deixá-la ficar para dormir – mas com firmeza e amor mantivemos nossa decisão. Ela foi à festa e se divertiu bastante.
No dia seguinte, depois de falar com algumas pessoas que ficaram para a festa do pijama, ela veio nos dizer: “Estou muito feliz por não ficado para a festa do pijama. Pelo que os outros me disseram, não foi nada bom – não teria sido certo para mim estar lá “.
Lição aprendida! E uma criança educada e protegida como cremos que deve ser de acordo com nossas responsabilidades perante o Senhor.
Lembre-se também que as crianças não são adultos em miniatura. Neste mundo de absolutos, evolução, sexo fora do casamento, o humanismo, a propaganda homossexual, e falsas religiões, eles são facilmente jogados às feras. Eles precisam saber como reconhecer a diferença entre o bem e o mal, e escolher a forma correta de pensar antes de serem colocados sob pressão.
Isso cria um dilema para os responsáveis pelas escolas cristãs, acampamentos e grupos de jovens que envolvam não-cristãos, bem como cristãos que não foram educados com base em um fundamento bíblico real. Como grupo, eles procuram alcançar o perdido, mas as próprias pessoas que eles estão tentando alcançar podem exercer pressão sobre os outros e arrastá-los para baixo. Isso precisa ser entendido para que sistemas possam ser colocados em prática para lidar com tal situação.
Concessão
Devemos esperar ataques do mundo, mas muitas vezes os ataques vêm a nós por meio de quem deveria defender a Palavra de Deus, mas não defende.
Isso se chama concessão. A concessão produz pessoas que não veem a Palavra de Deus como infalível. Após gerações de ensino comprometido, muitos na igreja acabam por não construir seu pensamento sobre a base da Palavra de Deus, mas formam suas visões de mundo com base nas opiniões do homem. Muitos na igreja não entendem a gravidade deste problema. Por favor, entendam isso: Permitir que um sistema centrado no homem falível e pecador determine a verdade sobre as origens, abre uma porta para que outros possam consciente ou inconscientemente, usar uma abordagem das Escrituras centrada no homem, em todas as áreas. Se as ideias do homem em biologia, cosmologia, geologia e em relação ao passado podem ser usadas para interpretar a as Escritura, a seguir, existe a ideia de que as ideias do homem sobre a moralidade podem ser usadas para interpretar a Palavra de Deus em relação ao presente. Esta é uma das razões pelas quais nós vemos cada vez mais igrejas concordando com o casamento gay, apoiando a ordenação de ministros gays, defendendo o aborto, ou concordando com sexo antes do casamento, etc.
É preocupante que atitudes como estas e outras posições anti-bíblicas tenham sido suavizadas a tal ponto que muitos cristãos nem sequer parecem saber o que é certo ou errado a respeito de tais assuntos. Como é triste ver que algumas das mesmas coisas que destroem a base da família, estejam sendo tolerada em muitas igrejas e escolas cristãs, e até mesmo fazendo parte da educação cristã que damos em casa.
A tolerância para com as crenças do homem em matéria de origens e da idade da terra, mina as Escrituras, e é em si mesma uma intolerância com a autoridade da Palavra de Deus.
Por exemplo, a ideia moderna de que a Terra tem milhões de anos, surgiu no final do século XVIII e início do século XIX, a partir da crença de que as camadas fósseis tinham sido estabelecidas ao longo de um grande período de tempo antes do homem aparecer. O registro fóssil é um registro da morte (grandes quantidades de ossos), de doenças (com evidência de câncer, tumores cerebrais, abscessos, etc. nestes ossos), animais que comeram uns aos outros (com evidência de ossos de animais no conteúdo estomacal de outros animais), e espinhos (supostamente de 430 milhões de anos). Essas crenças são incompatíveis com os ensinamentos óbvio da Bíblia de que a morte é um “inimigo” (1 Cor. 15:26), de que os animais eram vegetarianos antes do pecado (Gn 1:30), e de que os espinhos vieram depois do pecado e da maldição (Gn . 3:18).
A evolução darwiniana também ensina que os seres humanos surgiram a partir de ancestrais semelhantes a macacos. No entanto, isto é incompatível com o registro da Bíblia de que o primeiro homem foi feito do pó e de que a primeira mulher de sua costela.
Ao longo das Escrituras vemos Deus sempre enfatizando a importância de aceitar a Sua Palavra como a verdade em passagens como Romanos 3:4 que diz: “Sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso”.
Comprometer o relato histórico claro da Bíblia em Gênesis com as crenças do homem sobre o passado, é comprometer o próprio fundamento da autoridade bíblica.
Muitos cristãos não percebem que eles, suas igrejas, e as faculdades cristãs que apoiam, realmente estão fazendo concessões e estão tolerando, assim, uma doutrina destrutiva. É muito importante entender que a evolução darwinista e a crença popular de que a Terra tem milhões de anos de idade, surgiu do naturalismo filosófico. (Vou encaminhá-lo para a publicação A The Great Turning Point– A Grande Virada, do Dr. Terry Mortenson, para mais informações sobre este assunto.)
Assim que a porta para minar a autoridade bíblica é aberta no início (particularmente no Livro de Gênesis, que é fundamental para o resto da Bíblia, para o evangelho, e para toda a doutrina), isso coloca as pessoas em uma ladeira escorregadia que pode levar (e normalmente o faz) a uma perda de autoridade bíblica pelo resto da Bíblia.
Isso traz à tona um outro fator muito importante a se considerar. Qual universidade você escolhe para seus filhos? Talvez uma universidade cristã comprometida possa ser mais destrutiva em alguns aspectos, do que uma universidade secular onde os estudantes podem mais facilmente discernir as filosofias seculares anti-Deus que estão aprendendo!
Uma estudante universitária da Califórnia, recentemente me disse que estava indo para uma universidade comunitária secular, mas seu professor de ciência era um ardente criacionista bíblico. Além disso, ela havia sido criada com bases na criação e tinha uma posição sólida sobre a autoridade da Palavra, e poderia defender a sua fé. Ela me disse que tinha uma amiga cujos pais enviaram para uma universidade cristã cara. Ela disse que todos os professores de sua amiga nesta universidade cristã acreditavam em milhões de anos de ideias evolucionárias – essa amiga estava muito confusa e não sabia no que acreditar sobre a Bíblia.
Mesmo em instituições de ensino “cristãs”, muitos não aceitam a Palavra de Deus em Gênesis como verdade literal. A maioria dos educadores foram treinados no sistema de ensino secular e muitas vezes comprometem a verdade, mesmo sem realmente pensar sobre isso. Muitos duvidam e não acreditam muito em Genesis – os dias de 24 horas da criação, o dilúvio global de Noé, a criação de Adão do pó, etc., não por causa do que a Bíblia ensina claramente, mas por causa da aceitação de ideias falíveis do homem sobre as origens e a idade da terra e do universo. Um número significativo de cristãos, incluindo muitos em posições de liderança, fazem concessões a ideias evolutivas/milhões de anos, e, assim, fazem concessão ao humanismo secular também – uma vez que o humanismo secular é um desenrolar lógico de tal fundamento nas ideias falíveis do homem. Por causa desta contaminação comprometedora, a cultura não está sendo construída, mas está se deteriorando, ao invés disso.
Não é preciso ser um arquiteto ou engenheiro para reconhecer a necessidade de se fornecer bases sólidas e seguras sob qualquer estrutura. Se a fundação é comprometida, o colapso total é inevitável. Podemos facilmente ver a estrutura da sociedade em colapso de todos os lados (especialmente no Ocidente que já foi muito cristianizada). Os infelizes políticos certamente não oferecem quaisquer soluções de longo prazo. Infelizmente, e para nossa vergonha, grande parte da Igreja em geral também é desprovida de conforto e encorajamento. As soluções oferecidas por muitos seminários é ter sua base não no fundamento do Gênesis, mas na filosofia humanista, anti-Deus de Darwin e dos ateus. Assim, suas filosofias tem permeado a maioria das igrejas (e, portanto, a nossa sociedade) de tal forma, que elas já não servem para muita coisa.
Se a Igreja não enfatiza este aspecto fundamental (ensino de Deus como o Criador e o relato bíblico das origens como verdadeiros e refuta a crença anti-Deus de que tudo pode ser explicado sem Deus), então os não-cristãos não serão desafiados. Da mesma forma que eles não tem que aceitar Gênesis como história verdadeira, eles não vão aceitar a Palavra de Deus como a absoluta autoridade e, finalmente, eles não terão de aceitar qualquer forma de responsabilidade individual por suas ações.
A concessão tem realmente educado gerações numa filosofia como a dos israelitas em Juízes 17: 6. Este foi o resultado:
Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.
Logicamente esta condição decorre do ensino que permite que as ideias falíveis do homem reinterpretem as palavras claras em Gênesis. Quando ocorre a concessão, o homem tem autoridade sobre as Escrituras em vez de a Palavra de Deus ser a autoridade absoluta sobre o homem. Isso nada mais é do que o humanismo em “vestes cristãs.”
Esta filosofia centrada no homem não é algo que ocorreu do dia para a noite. Geração após geração, a Igreja foi permeada por estas posições comprometidos. Depois de anos de doutrinação, cada geração subsequente tende a ter uma visão mais baixa da Escritura, embora muitos não tenham percebido que isso estava acontecendo. Grandes homens de Deus que claramente eram salvos, infelizmente (e em muitos casos sem querer) contribuíram com esta visão inferior das Escrituras por causa de seu comprometimento com ideias do mundo. Tal comprometimento não afetou a salvação desses líderes, mas afetou a forma com a qual a próxima geração abordou as Escrituras- e geração seguinte, e a seguinte – resultando em nessa ladeira escorregadia que mina toda a autoridade bíblica.
Estas concessões devem ser condenadas porque destroem a literalidade de Gênesis e a base da unidade familiar (uma vez que é em Gênesis que a família foi estabelecida). Eles também destroem o alicerce de uma cosmovisão cristã completa que integra a geologia, a biologia, astronomia, antropologia, etc., porque uma verdadeira visão cristã do mundo, com base nas Escrituras depende da história que está em Gênesis.
Deus nos chama para um alto padrão no qual a concessão não pode ser tolerada.
Não existe tal neutralidade, conforme Jesus esclarece em Mateus 12:30:
“Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha.
Quando as escolas seculares nos Estados Unidos eliminaram a criação, a Bíblia e a oração da sala de aula, elas não eliminaram a religião; elas eliminaram o cristianismo e o substituíram pela religião do naturalismo. Tal religião não é “neutra”, é anti-Deus. Milhões de estudantes estão sendo levados a acreditar que a humanidade pode explicar todos os aspectos da realidade sem Deus – isso é “trevas”, não “luz”.
Em Apocalipse 3: 15-16, o Senhor disse à igreja de Laodicéia que Ele preferia que eles fossem quentes ou frios. Cristo lhes dá este aviso solene: “Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. Se nós somos “frios”, não estamos afetando ninguém; se somos “quentes”, e declaramos a verdade bíblica, então estamos fazendo grandes coisas para o Senhor. Assim que fazemos concessões, começamos a esfriar, e então começamos a destruir; por isso a severa repreensão do Senhor.
Ao ensinamos nossos filhos, devemos tomar uma posição firme ao lado da Palavra de Deus e condenar o erro, quando necessário. Isso é algo em que meu pai era um especialista! Lembro-me do tempo em que meu pai recebeu um livro devocional diário de sua igreja. Ele leu o devocional em Gênesis 6, e descobriu que ele dizia que o dilúvio de Noé foi apenas um evento local. Isso o deixou muito chateado. Ele imediatamente se sentou e escreveu uma carta para os responsáveis pelo devocional e mostrou-lhes claramente através da Bíblia que o dilúvio de Noé foi um evento global. Ele então procurou os diáconos na igreja e os desafiou a se posicionarem ao lado da Bíblia e repreendessem aqueles que escreveram o material que havia minado a autoridade da Palavra de Deus.
Em outra ocasião, um pastor nos disse que o milagre da alimentação dos 5.000 pode ser explicado da seguinte maneira: O menino tirou seus pães e peixes e, assim deu o exemplo para a multidão, fazendo com que as outras pessoas pegassem sua comida e compartilhassem com outros. Eu podia sentir meu pai exalando irritação sentado no banco da igreja. Depois do culto, ele imediatamente foi até o pastor e eu vi meu pai mostrar na Bíblia a este líder da igreja, que ele havia enganado a congregação e tinha comprometido o ensino claro da Palavra de Deus.
Em outra ocasião, o mesmo pastor estava pregando novamente sobre a alimentação dos 5.000 (talvez para se vingar de meu pai) e disse à congregação que havia uma grande contradição na Bíblia. Em Mateus capítulo 14, há um relato sobre 5000 pessoas alimentadas, mas Mateus capítulo 15 afirma que haviam apenas 4.000 pessoas. Eu sabia o que estava por vir! Meu pai foi até o pastor mais uma vez e apontou para a Bíblia e, em seguida, olhou para o pastor dizendo: “Você não leu as Escrituras? Estes são dois eventos diferentes! Em Mateus 16: 9-10 Jesus declarou: Ainda não compreendem? Não se lembram dos cinco pães para os cinco mil e de quantos cestos vocês recolheram? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos recolheram? ‘”(NVI). O pastor não tinha resposta para isso!
Isso teve um grande impacto sobre mim. Tudo isso fez parte da minha preparação para o ministério de Respostas em Gênesis, pois mais tarde eu confrontei o mesmo pastor sobre a questão das origens. Ele respondeu imediatamente dizendo que não havia problema em aceitar a evolução e adicioná-la à Bíblia. Ele me disse que um cristão podia acreditar na evolução, contanto que acreditasse que Deus foi o criador. Ele passou a me alertar sobre levar a Bíblia ao pé da letra, alegando que existem muitos problemas com o texto – assim, certamente não se pode tomar Gênesis como sendo literal.
Quando o pastor fez estas declarações, lembrei-me das vezes que meu pai o tinha desafiado no que diz respeito à autoridade bíblica. Vendo meu pai defender com sucesso a fé cristã contra as posições comprometidas deste pastor, isso incutiu em mim o fato de que eu precisava confiar nas palavras de meu pai, em vez das deste pastor, e que precisaria me posicionar também. Rapaz, esse pastor ficou aliviado quando a família Ham se mudou!
Não é interessante como certas coisas se tornaram indelevelmente impressas em nossas mentes, mesmo quando ainda somos crianças? Eu acredito que observar meu pai sempre defender a verdade na minha adolescência, foi essencial para a jornada que me levou ao que, agora, é um ministério mundial.
Sim, mães e pais, a guerra contra a fé e a família continua, e não há espaço para recuar.
Quando se trata de humanismo secular, a pressão dos colegas, e concessões, ou as coisas estão a favor de Cristo ou contra Ele. Não há meio termo.
“Proteger e Servir”
Muitos departamentos de polícia locais nos Estados Unidos adotaram o lema “Para proteger e servir”. O triste é que a maioria dos pais não estão nem protegendo nem servindo suas famílias, e não obedecem à ordem das Escrituras de serem o líder espiritual da casa. Pais um dia vão estar diante de seu Deus Criador e responderão por que não gastar o tempo para garantir que suas famílias foram construída sobre a Palavra de Deus, como deveria ser.
A maioria dos pais deixam a formação dos seus filhos para as igrejas, escolas ou faculdades. Muitos pensam que eles podem ser absolvidos porque gastaram muito dinheiro para enviar seus filhos para instituições cristãs, mas, novamente, relegar a responsabilidade é muito imprudente. Cada vez mais vemos forças trabalhando em nossa sociedade para levar nossos filhos em idades cada vez mais precoces a aprenderem filosofias anti-Deus. Com efeito, isto está produzindo uma nação anti-cristã que não teme a Deus.
Cada um de nós também deve perguntar-se se estamos entre aqueles que têm se comprometido com o mundo, rejeitando uma Gênesis literal, e, assim, ajudando a destruir a espinha dorsal da nação – a família cristã. Cada pai tem que ser obediente às Escrituras e garantir que seus filhos sejam ensinados na verdade da Palavra infalível de Deus. Lembro-me de que o grande reformador Martinho Lutero tinha a dizer:
Por isso, vejam que primeiro vocês façam com que seus filhos sejam instruído nas coisas espirituais, que vocês os direcionem em primeiro lugar para Deus, e, depois disso, para o mundo. Mas, nestes dias, esta ordem, é triste dizer, está invertido. . . . Em minha opinião não há nenhuma outra infração exterior que, aos olhos de Deus, tão fortemente onere o mundo, e mereça tal castigo pesado, quanto negligenciar a edução dos filhos.[3]
Os pais que estão engajados e proativos são muito importantes. Eu sei disso por experiência própria. Além da soberania de Deus, a influência de meus pais foi a única coisa que manteve minha fé viva durante os anos em que eu estive imerso na educação pública.
Toda a minha educação elementar “secular” foi concluída em escolas onde meu pai era o diretor. Em sua época, havia quase liberdade total para promover o ensino cristão. No início de cada dia, toda a escola se reunia. Depois de enfileirados e depois que vários anúncios haviam sido dados, meu pai garantia que nós sempre começássemos com uma oração. Ao entrar na sala de aula, cada classe tinha uma leitura da Bíblia. Meu pai também empregou disciplina baseada em princípios bíblicos e, claro, sua filosofia cristã em todas as áreas que permeavam seu estilo de administração.
Por causa do caráter cristão do meu pai, ele tinha uma influência irrestrita sobre toda a escola, que nas áreas rurais menores, afetou a cultura da comunidade, também. Ele aplicou os princípios de Deus naquilo que ele fez como diretor de escola, e isso foi permeado por toda a escola, apesar de ser parte do sistema de educação secular.
Mesmo sob a sua liderança, os alunos estavam realmente aprendendo conceitos seculares em geografia, história, ciência, etc. Embora fosse muito comprometido, meu pai não tinha uma visão cristã do mundo totalmente desenvolvida com base em Gênesis e no resto da Bíblia como temos hoje. Mais tarde na vida, conforme cada vez mais recursos criacionistas foram publicados, ele começou a entender isso claramente. Anos mais tarde, eu também comecei a entender o quão secular eu era em meu pensamento em muitas áreas.
Acredito firmemente que a influência de meus pais e a influência restritiva da filosofia do meu pai na escola primária, contribuíram muito para minha sobrevivência espiritual. No que diz respeito a questões morais e espirituais, não há dúvida de que muitos estudantes, incluindo eu mesmo, aderiram aos princípios de Deus.
Quando eu comecei o ensino médio na oitava série, no entanto, foi uma situação muito diferente. Não havia filosofia cristã que permeasse a escola. Os novos livros didáticos foram tornando-se descaradamente evolutivos e claramente ateísta. Eu tive que lidar com um número crescente de alunos zombando de mim porque eu ia à igreja. De muitas maneiras, eu comecei a entrar em conflito. Comecei a ouvir os alunos falando sobre festas nas quais eles se envolviam em promiscuidade sexual. Outros contavam piadas de mau gosto. A pressão dos colegas era enorme. Eu mal sobrevivi espiritualmente. A faculdade era difícil também, mas por eu morar em casa, eu realmente não fazia parte do ambiente universitário. Ainda assim, havia vários alunos que atacavam a minha posição cristã sobre as coisas.
Meus irmãos mais novos irão atestar o fato de que, quando eles passaram pela escola pública (principalmente depois que meu pai tinha se aposentado devido a problemas de saúde), não houve influência moderadora como a que eu tive. Eles também foram educados em uma grande cidade onde as coisas tendem a ser muito menos conservadoras do que nas áreas mais rurais, onde eu fui criado. (Isto é ainda verdadeiro hoje nos Estados Unidos ou na Austrália – áreas rurais tendem a ser mais conservadoras e, por vezes, pode haver uma boa porcentagem de professores cristãos que também podem exercer essa influência moderadora.)
Meu irmão David narra as lutas imensas que ele teve na escola e como ele sucumbiu à pressão dos colegas para fazer parte da multidão. É uma bênção ele ter sido capaz de deixar isso para trás e dedicar sua vida ao Senhor, anos mais tarde. É claro que tais ações têm suas consequências, e até hoje há muito arrependimento.
Mateus 7: 13-14 fala sobre a existência de um largo caminho para a destruição e um caminho estreito para a vida eterna com Deus:
“Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram (NIV).
Eu acho que a maioria dos pais têm um entendimento errado desse ensino. Muitos de nós pensam nos cristãos andando por uma estrada que representa o caminho estreito, e que há uma estrada separada que representa um caminho largo no qual os não-cristãos estão seguindo. Como Paulo deixa claro em passagens como Filipenses 2:15 “. . . para que venham a tornar- se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo”(NVI).
O ponto é que os cristãos vivem no mesmo mundo que os não-cristãos. Na realidade, o caminho estreito está dentro do caminho largo indo na direção oposta. A maioria está no largo caminho para a destruição, arrastando consigo muitas pessoas.
É preciso muito trabalho para arrastar nossos filhos na direção oposta, contra a maré, porque nós temos que trabalhar duro contra a natureza do pecado, os desejos naturais da carne, o humanismo secular, a pressão dos colegas, e das concessões. O sermos bem sucedido nisso, irá depender muito de quanto temos saturado as almas dos nossos filhos com a verdade da Palavra de Deus e sido modelos para eles uma relação autêntica com Cristo.
Hitler provou que se alguém pudesse controlar as crianças de uma geração, ele dominaria a nação.
Isto deve tornar pais e mães mais diligente em garantir que seus filhos sejam educados totalmente com base nas Escrituras, reconhecendo a Bíblia como a autoridade absoluta em todos os assuntos da vida e da conduta.
A conclusão, é claro, é que este é um mundo ímpio e não há nenhuma situação perfeita para criar filhos piedosos. No entanto, quanto mais os pais entenderem os princípios bíblicos e que constitui uma visão de mundo verdadeiramente cristã, mais eles irão ser capazes de discernir as melhores coisas a fazer em situações particulares.
Pais e mães, em particular os pais, devem ser diligente no cumprimento de sua responsabilidade ordenada por Deus de educar seus filhos. Não há dúvida sobre isso. Em primeiro lugar na mente do pai deve estar a ideia de criar um ambiente para a santificação que proteja as crianças das imensas pressões que elas enfrentam no mundo. Como você verá no próximo capítulo, isso me leva a concluir que uma excelente opção para a educação formal tem lugar em casa, ou em uma escola cristã cuidadosamente selecionada.
Pensamentos-chave deste capítulo:
- Nossos filhos obtém suas visões de mundo a partir de sua crença sobre as origens. Alguns dos ensinamentos mais destrutivos nessa área estão bem debaixo dos nossos narizes.
- O ensino em nosso sistema de escolas públicas vem de um axioma de absolutos e nenhuma verdade essencial. O ensino a partir desse sistema também tem se infiltrado em áreas da igreja, escola cristã, e até mesmo em materiais usados para a educação no lar.
- Só porque algo é rotulado de “cristão” não significa que ele é seguro.
- O discernimento bíblico precisa ser primeiro ensinado às crianças o mais distante possível de um ambiente de pressão dos colegas ímpios. Eles precisam saber como reconhecer a diferença entre o bem e o mal, e a agir de acordo com a maneira certa de pensar antes de serem colocado sob pressão.
- Os pais nunca devem subestimar o dano que o ensino secular e humanista pode ter sobre nossos filhos não importando o ambiente em que estão aprendendo.
Construindo Blocos:
- Esteja alerta.
- Comprometa-se e envolva-se.
- Monitore cuidadosamente o ambiente e os materiais que influenciam seus filhos.
- Não assuma que algo “Cristão” é seguro.
- Condene as concessões.
Perguntas a serem consideradas:
- O quanto você acredita que Satanás está por trás das batalhas que enfrentamos com o humanismo secular, a pressão dos colegas, e as concessões? (Essa é a sua opinião ou você pode basear a sua resposta em trechos da bíblia?)
- Que áreas você precisa investigar e monitorar imediatamente as influências sobre o seu filho? Como o ambiente dele foi comprometido? Alguma coisa precisa ser confrontada para defender a autoridade da Palavra de Deus?
- Existem áreas de concessão em suas crenças e ações pessoais que terão um impacto pecaminoso em seus filhos?
Recursos e Ferramentas:
Ham, Lisle, Hodge, et al., The War of the Worldviews (Green Forest, AR: Master Books, 2006).
Answers Academy, 13-session apologetics teaching kit includes DVDs, leader’s guide, and workbooks, Answers in Genesis.
Terry Mortenson, Millions of Years: Where Did the Idea Come From? (Petersburg, KY: Answers in Genesis, 2005).
Terry Mortenson, The Great Turning Point (Green Forest, AR: Master Books, 2004).
Notas:
[1] Pesquisa Barna Online, “OS achados mais intrigantes do ano, de Estudos de Pesquisa Barna,” 12 de Dezembro de 2000, www.barna.org/cgi-bin/PagePressRelease.asp?PressReleaseID=77
[2] John Dunphy, “Uma religião para uma Nova Era,” Humanista, Jan.-Fev. 1983, p. 26
[3] Martin Luther tratado, Carta aos Prefeitos e vereador de todas as cidades da Alemanha, em favor das escolas cristãs. Outono de 1966.
Fonte: Answers in Genesis
Tradução de Cristiane Carmona
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