Por Flavia Formaggio Azevedo
Uma passagem bíblica que sempre me intrigou é a da ressurreição de Jesus Cristo. Após a ressurreição, Jesus apareceu para algumas pessoas, que demonstraram dificuldade em reconhecê-lo.
Jesus não foi reconhecido imediatamente pela sua aparência. Pelos traços físicos de Cristo, os discípulos o confundiram com um visitante de Jerusalém, e Maria Madalena o confundiu com um jardineiro. A prova definitiva da identidade de Cristo foram as marcas de suas feridas. Através das marcas de Cristo, os discípulos creram na ressurreição.
Hoje, refletindo sobre isso, compreendi por que Cristo, com o corpo transformado pela ressurreição, não deixou que suas marcas fossem apagadas.
Nós, em nossa humanidade miserável, com nossa soberba e autossuficiência, temos a capacidade de nos afastarmos de Deus através do ESQUECIMENTO. Quando a vida parece estável, nós nos esquecemos. Esquecemo-nos da dor, do sofrimento e de quem somos. As marcas de Jesus Cristo nunca serão apagadas para que o pecado do esquecimento não nos coloque no lugar inadequado diante de Deus. O esquecimento nos leva a uma aparente independência metafísica.
As marcas de Cristo nos colocam em prostração, em nosso devido lugar, humilhados diante de nosso sustentador, lembrando constantemente de quem somos: “Miserável homem que sou”.
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