Por Paul Tripp
Para começar o devocional de hoje, você precisará exercitar sua imaginação. Pronto? Transporte-se para a seguinte cena:
Há poucos minutos, você aterrissou no Aeroporto Internacional de Orlando. Você foi até lá para ir à Disney. Não importa se sua viagem foi a negócios ou com a família, a escolha é sua. Você pega as chaves do carro que alugou e começa a dirigir pela rodovia.
Depois de vários quilômetros de viagem, você vê a primeira placa indicando a Disney World quilômetros adiante. Logo depois da placa, você vê o carro de uma família estacionado, e eles estão tirando as malas do carro. Você logo conclui que eles estão com problemas no carro, então, generosamente, encosta e oferece ajuda.
Mas o carro da família está funcionando perfeitamente. Na verdade, eles estão começando as férias bem ali, naquele momento. Você tenta convencê-los de que eles ainda não chegaram ao destino, mas eles não lhe ouvem. Eles viram a placa indicando Disney World e pararam o carro bem ali.
Sim, essa é uma ilustração cômica e absurda, mas acho que ela é familiar a muitos cristãos quando se trata da beleza da criação de Deus. Permita-me explicar.
Deus criou um mundo repleto de belezas. Orquídeas delicadas, um leopardo cheio de pintas, o pôr-do-sol multicolorido. Há também a beleza de uma refeição deliciosa, um beijo carinhoso e o delírio da multidão após uma apresentação musical.
Todas essas coisas são lindas, mas não representam a beleza definitiva. A beleza do mundo criado nunca teve como objetivo satisfazer nossos corações. Ela não foi feita para ser a beleza pela qual daríamos tudo, pela qual viveríamos, choraríamos e morreríamos.
Em vez disso, as belezas do mundo físico foram feitas para serem placas indicando a beleza que está adiante. Tudo que vemos, tocamos, provamos e ouvimos foi feito para ser um sinal que aponta para a beleza definitiva: Aquele que criou o mundo e tudo que há nele.
Quando buscamos identidade, sentido e propósito nas coisas materiais, somos como a família que para após ver a placa indicando Disney, como se já tivessem chegado. Quando nosso cônjuge, ou nossos filhos, nossa carreira ou nossos amigos se tornam a motivação que nos faz levantar todas as manhãs, estacionamos ao ver a placa da Disney. Quando um dia de contato com a natureza significa mais para nós do que meia-hora em adoração e oração, estacionamos ao ver a placa da Disney.
Talvez sintamos nossos corações vazios e nossas almas insatisfeitas principalmente porque nós, assim como a família fazendo turismo, ficamos contentes apenas em parar o carro ao ver a primeira placa, em vez de continuarmos até o destino final.
Continue dirigindo. No Senhor, você encontrará a verdadeira beleza – aquela que realmente satisfaz.
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