Medo de Deus e temor de Deus são temas recorrentes no aconselhamento bíblico, bem como na Palavra de Deus. O temor de Deus dirige a vida e o ministério do conselheiro sábio, e é também aquilo que ele espera ver em seu aconselhado à medida que este conhece ao Senhor e aprende a colocar em prática os mandamentos bíblicos: “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9.10).
No Antigo Testamento, Salomão terminou o livro de Eclesiastes escrevendo: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Ec 12.13). Mais adiante, o evangelho da graça em Cristo Jesus não eliminou o temor a Deus. Pedro escreveu: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1Pe 1.17).
O temor do Senhor é despertado em nosso coração. O temor do Senhor é despertado em nós quando reconhecemos a Sua majestade e o Seu tremendo poder sobre todas as coisas: “Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.8, 9). Este é o ponto inicial do relacionamento do homem com Deus. O Deus majestoso e tremendo é também justo, perfeitamente santo e reto, e Sua natureza leva-O a condenar o pecado.
Ao se dar conta da santidade de Deus e da Sua aversão constante ao pecado, a resposta natural do ser humano é temê-lo: “Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15.4). Por um lado, portanto, o temor do Senhor significa, sim, tremor diante dEle e nunca podemos minimizar esse aspecto. Desde o jardim do Éden, quando Adão e Eva pecaram, eles tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10). Certamente o fato de que Deus julgará a totalidade da raça humana gera o temor a Ele: “Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga. Temerão, pois, o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol” (Is 59.18, 19). Conquanto esse seja o único aspecto que os incrédulos conhecem, os cristãos reconhecem, sim, a sua pecaminosidade e a ira de Deus contra o pecado, mas conhecem pessoalmente também o Seu perdão, Sua misericórdia e amor. Esse conhecimento aproxima-nos de Deus. O temor do Senhor ganha para nós também o significado de uma submissão reverente e grata, uma profunda apreciação, que conduz à obediência.
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