Por Stephen Viars
Você provavelmente reconhece a linguagem de Filipenses, cap. 3. Nessa maravilhosa passagem da Escritura, o apóstolo Paulo explica que embora tivesse muitas razões para colocar sua confiança em sua própria justiça, ele sabia que suas realizações humanas eram incapazes de reconciliá-lo com o nosso Deus Santo (Fp 3.4-7).
Ao contrário, ele escolheu descansar e regozijar-se na obra concluída por Jesus Cristo na cruz. Sua esperança estava firmemente baseada em seu Salvador ressurreto cuja justiça é imputada na conta de cada pessoa que se arrepende e crê (Fp 3.9).
Era neste contexto que Paulo disse depois, “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mi estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
A frase “esquecendo-me das coisas que para trás ficam” se refere a qualquer de suas obras anteriores que poderiam ser usadas como razões para acreditar que ele deveria ser aceito na família de Deus por seus próprios méritos. Depois que Paulo veio a compreender a doutrina da santidade de Deus e da completa pecaminosidade do homem, ele então se deu conta de que a salvação era somente pela graça, somente pela fé e somente em Cristo. Ele, a partir daí, considerou o seu ex-pedigree como “refugo” (Fp 3.8).
Esse é o aspecto do passado que ele estava escolhendo esquecer. Paulo não está sugerindo que nós simplesmente ignoremos todos os aspectos do nosso passado. Seu ponto é que devemos evitar a tendência de ver nossa própria justiça como um meio de santificar a graça. Tirando o foco de si mesmo e de suas próprias obras, ele estava sendo capaz de olhar afetuosamente para a beleza e suficiência de seu Salvador.
Colocando o seu passado no devido lugar, Ed. Nutra, pp.21,22.
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