Por Paul Tripp
Por que falamos com outras pessoas? Primeiro, e mais importante, falamos porque fomos naturalmente feitos para isso. Deus nos equipou com uma habilidade única e um desejo de interagirmos em um ambiente social. Mas o que nos motiva a escolher as palavras específicas que usamos?
Talvez você fale para obter algo: uma passagem de avião, um frasco de ketchup, ou informações críticas para concluir um grande projeto. Ou talvez você fale para expressar emoções: frustração com um atraso, afeição por alguém que você ama ou a avaliação de uma tarefa que você delegou.
Os exemplos são intermináveis, mas o que eu quero dizer é o seguinte: cada palavra em nossas conversas tem uma missão. Quer tenhamos noção disso quer não, e a despeito de quão longa ou breve a conversa possa ser, escolhemos palavras com um objetivo. A pergunta é: que missão é essa que estamos tentando cumprir?
Em 2Coríntios 5:20, o apóstolo Paulo define qual deveria ser a missão das nossas palavras:
portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.
Pare por um instante. Não deixe passar esse versículo tão conhecido. Deus deu a pecadores inúteis uma posição de grande honra. Deixe o peso dessa verdade envolver você.
Como embaixadores, somos chamados a usar nossas palavras para representar com precisão o Rei dos Reis, que não está fisicamente presente. Da mesma forma que Cristo revelou o Pai, somos chamados a revelarmos Cristo.
Então, como podemos ser melhores administradores de nossas palavras e melhores embaixadores de Cristo? Quando estou com alguém, há apenas uma questão que eu tento fazer (internamente) antes de abrir minha boca: “Senhor, o que você quer que essa pessoa veja ou saiba sobre o você nessa situação, neste local, ou relacionamento em que você a colocou?”
Essa é a nossa missão ao conversarmos: como podemos ser usados para, de forma precisa e bela, mostrarmos Cristo no contexto específico da vida pessoal de outra pessoa?
O problema é que quase sempre eu não tomo consciência da oportunidade diante de mim, ou então coloco meus interesses egoístas em pauta na conversa. Como consequência, muitos diálogos que eu tenho não cumprem sua função de embaixador.
Mas para cada oportunidade Perdida, há uma nova manhã cheia de misericórdias derramadas sobre nossas conversas. E para cada motivação egoísta, há graça redentora que nos livra das amarras do reino do egoísmo e nos recebe novamente como embaixadores do Reino de Deus.
Vamos considerar a magnitude de nosso chamado de embaixadores, permitindo que isso mude radicalmente o modo como conversamos e escolhemos nossas palavras!
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