Por Paul Tripp
Quando você acordou hoje, qual foi a primeira esperança que você alimentou dentro de si?
Talvez a de uma melhor noite de sono. Ou a de um dia livre de sofrimentos. Ou de um trânsito tranquilo no seu caminho para o trabalho.
Talvez você tenha alimentado a esperança de fazer uma ótima apresentação no trabalho. Ou talvez apenas criou a expectativa de que que sua família tivesse o café da manhã pronto para você.
Talvez, pela graça, você alimentou a esperança de agradar o Senhor em todos os pensamentos, ações e palavras ao longo do dia. Quem sabe sua esperança era ter oportunidade de ministrar a incrédulos ou pessoas que estão sofrendo.
Todos nós somos motivados por esperança. Os seres humanos não são como animais, vivendo momento a momento guiados pelo instinto. Não importa quem somos ou o que já vivemos, todos nós vivemos movidos por esperanças.
À medida que tenho estudado as Escrituras e aconselhado pessoas com e sem esperança, concluo que há três elementos básicos quando se fala sobre esperança:
Esperança se origina a partir de uma avaliação.
Esperança se transforma em expectativa.
Esperança requer um alvo (um objeto).
Avaliação: a esperança se origina quando eu e você avaliamos nossas vidas e concluímos que precisamos de _______ (preencha a lacuna) para nos sentirmos satisfeitos.
Nossas avaliações podem ser precisas e verdadeiras, apoiadas na Palavra de Deus e confirmadas pelo corpo de Cristo. Ao mesmo tempo, nossas avaliações podem ser tremendamente enganosas, formatadas por motivos pecaminosos e influências ímpias.
Expectativa: uma vez que avaliamos nossa vida e achamos que descobrimos qual é nossa maior necessidade, começamos a procurar por ela, persegui-la, cheios de expectativa.
Se eu avalio que ser saldável equivale a ser feliz, terei esperança de que uma dieta ou exercícios físicos me tragam felicidade. O mesmo é verdade com relação a dinheiro ou sucesso na carreira. Se eu avalio que a espiritualidade me trará satisfação, então, espero que Deus (ou alguma outra divindade ou religião) cumpra esse objetivo.
Objeto: a esperança só funciona se nós temos algo ou alguém para nos dar a felicidade e a satisfação que esperamos. Nos exemplos acima, poderia ser uma dieta, um personal trainer, uma promoção ou um sentimento de espiritualidade.
Se colocamos nossa esperança em um objeto que falha em nos dar o que queremos, perdemos a esperança ou acharemos que o objeto não é bom o bastante. Mas se colocamos nossa esperança em algo que não pode falhar, nossa esperança e nossa confiança ficarão cada vez maiores e mais fortes.
Como cristãos, sabemos o que devemos dizer: Jesus Cristo é nossa esperança!
Sim, e amém! Não poderia ser mais verdadeiro!
Mas podemos, por favor, ser honestos? Sei que eu nem sempre marcho nesse compasso. Minhas avaliações podem ser enganosas, minhas expectativas podem ser egoístas e meus objetos podem ser várias coisas que não o Senhor.
Quero incentivar você a separar um tempo para pensar de forma profunda nas perguntas abaixo. Avalie sua esperança (ou a falta dela) e ancore-se na Palavra de Deus e na pessoa de Cristo.
Questões:
– Qual é sua avaliação atual acerca do que traz paz e satisfação à sua alma?
– Sua avaliação está ancorada na Palavra de Deus ou é influenciada pelo mundo?
– Que provas você tem considerado, recentemente, de que Cristo é alguém confiável para se depositar esperança?
– Que provas você tem considerado, recentemente, de que as coisas desse mundo não são uma boa fonte de esperança?
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