Andrea Lee
Como conselheira bíblica, muitas vezes ouço falar em “gatilhos”. Eles são situações, locais, palavras e pessoas que lembram os aconselhados de uma dor passada ou um sofrimento ainda presente. Esses gatilhos ameaçam tragar os aconselhados em uma avalanche de desespero, ira ou ansiedade. O que é um gatilho e como um conselheiro bíblico pode ajudar as pessoas que parecem estar sujeitas a eles?
Os aconselhados veem um gatilho como um evento ou circunstância que desencadeia uma reação específica ou um processo emocional. Como conselheira de mulheres, aqui estão algumas situações com que já me deparei:
— Uma mãe pode identificar seu bebê teimoso como um “gatilho” – uma explosão de birra por parte da criança, e a mãe se vê dominada pelo desespero e exaustão.
— Para uma esposa, aquela resposta típica do marido durante os conflitos pode ser um “gatilho” – uma frase ou expressão facial de desdém, e a esposa é tomada por completo pela ira ou pelo desânimo.
— Uma jovem solteira pode ver as noites de sexta-feira como um “gatilho” – ela já passou muitas sextas-feiras sozinha e triste, e agora teme cada fim de semana.
Quando procuro ajudar essas mulheres, explico-lhes que os gatilhos não causam sua reação. O chamado “gatilho” é um lembrete que as tenta a um padrão habitual de pensamento destrutivo. O lembrete está frequentemente associado à dor: fracassos anteriores, mágoas passadas ou relacionamentos atuais difíceis. Essas mulheres se sentem impotentes porque não sabem como parar de reagir de maneira destrutiva. Gosto de lhes dar esperança, mostrando uma nova perspectiva sobre esses momentos.
Quando rotulamos alguém ou algo de “gatilho”, transferimos do nosso próprio coração para um objeto externo a chave do controle emocional. A conexão entre evento e emoção pode nos levar erroneamente a pensar no gatilho como uma causa. Na verdade, desenvolvemos certos hábitos mentais em resposta à dor e isso nos leva a condições emocionais previsíveis. Nosso desespero, a ansiedade ou ira revelam que estamos nos esquecendo de Deus e desconsiderando Suas promessas quando respondemos a essas situações à nossa volta ou em nós.
Em vez de pensar em termos de “gatilhos”, quero que os aconselhados vejam certas situações ou pessoas como “deixas” – sinais, avisos e lembretes – para dar início a uma série de pensamentos que focalizam radicalmente a verdade de Deus. Essa mudança no vocabulário começa a engajar os aconselhados em um processo de arrependimento e confiança em Deus cada vez que os gatilhos os perturbam.
Como nos mover da ideia de um “gatilho”, que vitimiza, para a ideia de uma “deixa”, que dá esperança? Considere os seguintes passos.
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