Por Paul Tripp
Foi uma oportunidade maravilhosa. Fui convidado para participar de uma discussão aberta sobre a morte e o morrer do ponto de vista de um paciente. O evento foi realizado em uma faculdade de medicina local. Foi a primeira situação de ministério em que eu já estive, onde me sentei entre um rabino e dois imames (ou imãs).
Meus colegas judeus e islâmicos eram todos muito calorosos e articulados, mas eu tinha uma vantagem injusta: eu fui armado com o evangelho. Eu carreguei algo para dentro da sala que ninguém mais tinha e à medida que a noite passava esta mensagem brilhava com uma beleza cada vez maior.
Os homens de ambos os lados de mim eram gentis e cuidadosos. Eles conheciam bem a fé, mas tinham uma desvantagem distinta: a única mensagem que traziam para a sala era a mensagem da lei.
A única esperança que podiam dar era a esperança de que, de alguma maneira, de alguma forma, uma pessoa poderia ser obediente o suficiente para ser aceita na eternidade com Deus. Quanto mais eles falavam, mais bonito o evangelho parecia.
O momento mais significativo da noite veio quando nos perguntaram sobre o que diríamos a uma família de alguém que havia cometido suicídio. Foi nesse momento que o evangelho brilhou mais forte.
Eu disse: “Suicídio não muda o paradigma. Pense comigo: quem de nós poderia deitar na nossa cama durante as últimas horas da nossa vida e olhar para trás e dizer a nós mesmos que somos tão bons quanto uma pessoa poderia ser? Todos nós não olhamos para trás e nos arrependemos das coisas que escolhemos, dissemos e fazemos? Nenhum de nós é capaz de nos recomendar a Deus com base em nosso desempenho. Desta forma, a pessoa que cometeu suicídio e a pessoa que não cometeu são exatamente as mesmas. Ambas são completamente dependentes do perdão de um Deus gracioso, a fim de ter alguma esperança para a eternidade”.
Você e eu compartilhamos uma identidade com a pessoa suicida hipotética. Nossa única esperança é o amor inabalável de Deus e sua abundante misericórdia. Nós não podemos olhar para o(a) nosso(a):
- Educação
- Família
- Histórico ministerial
- Conhecimento teológico
- Zelo evangelístico
- Obediência fiel
- Ou qualquer outra coisa
Nós temos uma esperança; É a esperança que repousa neste antigo hino:
Abaixo, em inglês:
Depois que o painel foi concluído, agradeci ao rabino e aos dois imames e entrei no carro para ir para casa. Mas eu não apenas dirigi; Eu celebrei!
Eu fiquei muito entusiasmado quando sobre o evento daquela noite, não porque tivesse acabado de receber uma oportunidade de ouro para pregar a mensagem do evangelho, mas porque, pela graça de Deus, também fui um destinatário indigno da mensagem do evangelho!
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