Por Paul Tripp
Minha família adorou o momento em que nos sentamos na escuridão diante de sua luz.
Todos os anos meus filhos me perseguiam para saber quando ia acontecer: eles se solidarizavam um com o outros sobre o tamanho do negócio. Nós os colocávamos no carro e íamos para o lugar onde sempre pegávamos a árvore de natal da nossa família.
Depois de pesar a opinião de todos, nós decidíamos, amarrávamos a árvore no teto do nosso carro e íamos para casa. Naquela mesma coisa nós decorávamos a árvore juntos, como família. Depois de adorná-la com esplendor, nós apagávamos todas as luzes, e ficávamos maravilhados de ver o brilho na escuridão.
Eu amo estes momentos, porque eu penso que, como crentes, nós deveríamos ser a comunidade de maior celebração da terra. Nós sabemos que todas as coisas boas das quais curtimos e toda o amor familiar que experimentamos são doces e imerecidos presentes do Deus Celestial.
Entretanto, eu me preocupo com o fato de nos lembrarmos e ajudarmos a nossa família a se lembrar que, embora essa linda temporada de férias é sobre uma árvore, ela não é sobre a árvore da sua sala que você tão cuidadosamente decorou.
Desde o momento de sua primeira respiração, a vida daquele bebê na manjedoura estava marchando em direção à árvore. Não ia ser uma árvore bela ou de celebração, mas de sacrifício e morte. Não ficaria na casa de alguém como parte de uma tradição sazonal, mas estaria fora das muralhas da cidade em uma colina de execução.
Aquele bebê não ficaria de pé diante de sua árvore e sorriria em função de sua beleza, mas seria torturado nela, pregado entre condenados. Aquela árvore na colina não era um símbolo de uma estação, mas um instrumento de julgamento. Na colina aparentemente sem esperança, aquela árvore da morte deu vida e esperança à humanidade.
A estação do Advento conta uma história que tira seu fôlego. É uma história sobre uma necessidade inescapável, uma incarnação glorioso, uma vida substitutiva, um sacrifício expiatório e uma ressurreição vitoriosa. Apenas Deus podia escrever tal história e apenas Deus pode completar o enredo.
É uma história com o propósito de nos deixar maravilhados, de nos capturar, nos resgatar, nos transformar e causar em nós o viver em admiração e adoração. Esta história proporciona a única maneira pela qual você pode entender sua identidade e a sua real necessidade. Esta história revela onde se encontra a esperança e lhe conduz ao significado e propósito de sua existência.
Eu não tenho nenhum problema com as histórias sazonais de trenós, bonecos de neve, presentes e guloseimas. Nem me oponho a cantar canções sazonais bobas. O que me preocupa é que, no meio de tanta excitação que decora nossa árvore de Natal, nós nos esquecemos da Cruz.
Faça a sua conversa do Advento sobre uma árvore, mas não aquela na sua sala de estar. Fale sobre como aquele bebê na manjedoura não veio para decorar uma árvore, mas ser pendurado para a sua salvação. Lembre a si mesmo e a sua família que em um mundo obscurecido pelo pecado, essa árvore de sacrifício e salvação resplandece como uma luz de esperança eterna que nunca irá desaparecer.
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