Por Paul Tripp
Você alguma vez já abriu seu closet com roupas e pensou: “não tenho nada para vestir…”
Você já olhou para sua geladeira cheia de comida e disse: “Não há nada para comer…”
Como pecadores, temos essa incrível propensão de estar no meio de abundantes bênçãos e nos sentirmos pobres e necessitados.
Como isso acontece? Em uma palavra: inveja. Mas começa com o esquecimento.
A inveja esquece das bênçãos. Esquecendo-se da bênção, assume a pobreza. Assumindo que a pobreza dá lugar à fome, esse sentimento de fome nos tenta a olhar e a esperar pelo que simplesmente não satisfará.
Você recentemente experimentou dores de inveja quando:
- Viu alguém passar em um carro de luxo
- Passou próximo às janelas de um restaurante de luxo
- Ouviu sobre os planos de férias do seu vizinho
- Interagiu com o cônjuge de outra pessoa
- Viu o físico de outra pessoa na academia
- Percorreu seu feed do Instagram antes de dormir
É seguro dizer: se você é pecador, a inveja está presente em todas as esquinas, a todo o tempo.
Uau … Você provavelmente está pensando: “Obrigado por esse devocional encorajador de hoje, Paul!” Bem, deixe-me tentar encorajá-lo enquanto lutamos com a realidade do que é a inveja.
Só tem uma forma de dizer isso: Lembre-se do que você tem.
Eu lhe encorajaria a sentar e literalmente contar suas bênçãos. Fazer um inventário de tudo o que você tem. Você ficaria surpreso com a rapidez com que a lista começa a ocupar várias páginas.
Pense em todas as pessoas que gostam de você e lhe serve de alguma maneira. Analise todos os jeitos em que a graça comum de Deus faz sua vida confortável, agradável e saudável.
Se você olhar para a vida com um coração humilde e agradecido, você rapidamente se lembrará de que você é alguém que foi injustamente inundado por bênçãos.
A benção mais imerecida, logicamente, é a nossa salvação por causa do sacrifício de Cristo. Nosso Salvador tinha tudo, mas estava disposto a abandonar tudo por você e por mim.
Nossas mentes são pequenas demais para conceber que ele se afastou de glórias para que a batalha pelos nossos corações pudesse ser ganhar, tanto agora como para sempre. Sabemos que haverá um dia em que a inveja não existirá mais e nós viveremos para sempre na presença de seu amor, plenos e completamente satisfeitos.
Até que esse dia chegue, a inveja será uma luta. Porém, é uma luta que não precisamos enfrentar sozinhos. O sacrifício de Cristo nos provê, aqui e agora, graça: resgatadora, restauradora, capacitadora e transformadora.
Gosto muito de ver essa graça em ação no coração de Asafe, à medida que o Salmo 73 progride. Ele começa com: “Porque tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade dos ímpios” (v. 3). Todavia, no final, a graça o resgatou e o transformou, resultando em contentamento: “A quem tenho nos céus se não a ti? eu no céu senão você? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti” (v.25).
Quando você está satisfeito com o Doador, porque você encontrou nele a vida para a qual você foi designado, você se torna livre da busca por voraz satisfação que é a existência desencorajadora de tantas pessoas.
Nossos corações invejosos somente descansarão quando encontrarem satisfação nele.
>> Original em PaulTripp.com
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