Por Paul Tripp
Na semana passada eu escrevi sobre uma conclusão de mudança de vida que os israelitas chegaram em Deuteronômio 1.27 – Queixaram-se em suas tendas, dizendo: ‘O Senhor nos odeia; por isso nos trouxe do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos. (NVI)
Estou profundamente convencido de que nós, assim como aqueles em Deuteronômio 1, estamos sempre perguntando e respondendo a cinco perguntas profundamente teológicas. Eu quero expor sobre isso um pouco mais esta semana.
1. Deus é bom?
Quando se trata do que é bom, lutamos para nos alinhar com os valores de Deus. Porque queremos estar no centro ou no controle, definimos o bom como confortável, previsível e prazeroso. Quando a dificuldade vem em nossa direção, nossa resposta teológica padrão será querer saber porque Deus está fazendo o que está fazendo e questionar sua bondade.
Esta é uma armadilha perigosa. Se você se permitir questionar a bondade de Deus, você vai parar de seguir seus comandos, e você vai parar de correr para Ele para obter ajuda, porque você não vai mais confiar, seguir ou procurar a ajuda de alguém que você não pode confiar.
2. Será que Deus fará o que prometeu?
As promessas de Deus destinam-se a nos mover e nos motivar. Elas devem simultaneamente maravilhar nossas mentes e acalentar nossos corações. No entanto, muitos de nós estamos em algum estado de paralisia espiritual porque não acreditamos mais nas promessas de Deus.
Como resultado, não temos muita razão para continuar fazendo o que Deus chama cada um de seus filhos para fazer. Quando a dúvida substituir a confiança, logo desistiremos de todas as disciplinas da vida cristã.
3. Deus está no controle?
No seu dia a dia, seu mundo não parece estar sob um controle cuidadoso e sábio. Às vezes, parece totalmente fora de controle! É natural, portanto, tentar agarrar o máximo de controle possível sobre sua vida.
Esta reação nunca resulta em um lugar espiritualmente saudável. Faz-nos tomar decisões por medo ao invés de com fé. Tentamos retroceder a história ou nos mutilar imaginando vários “e se”. Noites em que desligamos nossas mentes, nos deitamos e dormimos em paz (Salmo 4:8) são poucas e distantes entre si.
4. Deus tem o poder necessário?
As escrituras nos dizem que Deus vem até nós com o mesmo poder pelo qual Ele levantou Cristo dos mortos (Efésios 1.19-20).
Fiquei ao lado da cama da minha mãe depois que ela morreu e desejei mais uma conversa, queria ouvi-la dizer “eu te amo” mais uma vez, desejava que ela pudesse apertar minha mão e dizer que ficaria tudo bem. Eu desejei com tudo o que estava em mim para mais, mas ela tinha ido embora, e eu estava impotente para fazer qualquer coisa sobre isso.
O poder de Deus é tão grande que ele governa a vida e a morte. Então eu posso confiar no que é maior do que eu, porque eu sei que Aquele que está comigo é maior do que o que eu estou enfrentando.
5. Deus se importa comigo?
Esta é uma pergunta que todos fazem:
- O adolescente intimidado
- O cônjuge desanimado
- O pai exausto
- O solteiro solitário
- O trabalhador que de repente perdeu o emprego
- A pessoa mais idosa que experimenta um corpo frágil
- O jovem gravemente doente cuja vida foi mudada para sempre
- O membro leal da igreja cujo pastor ou comunidade outrora vibrante perdeu o rumo
A Bíblia lhes confronta com a natureza generosa da misericórdia, do amor, da paciência, da tolerância, da graça, da ternura e da fidelidade de Deus. Ele nunca brinca com você. Ele nunca é desleal. Ele se importa!
Amanhã, ou mesmo mais tarde hoje, há uma boa possibilidade de que você vai fazer algumas ou todas essas perguntas. Quando as fizer, clame pela ajuda do seu Salvador.
Só ele pode abrir os seus olhos para as promessas dEle. Sua graça sozinha pode trazer paz à sua alma.
Deus abençoe.
Perguntas para reflexão:
- Leia todo o primeiro capítulo de Deuteronômio novamente. Que nova visão você ganhou com esta segunda leitura e como ela se aplica à sua situação, á sua localização ou a seus relacionamentos?
- Escolha uma pergunta diferente da que você fez na semana passada. Quando você fez mais recentemente fez esta pergunta e o que o levou a perguntar isso?
- Como respondeu a essa pergunta? Onde sua resposta encontrou sua inspiração ou evidência?
- Como você, ao contrário do seu Senhor, falhou em demonstrar bondade, força e fidelidade recentemente? Como você deve responder à sua fraqueza, incapacidade e fracasso?
- Como Deus provou sua bondade, poder e fidelidade a você no passado? Por que isso deveria motivá-lo e incentivá-lo hoje? Seja específico e aplique-o ao que você está enfrentando aqui e agora.
>> Original em PaulTripp.com
Tradução de Robinson dos Santos.
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