A graça de Deus / mensagem 1
Devocionário baseado no livro Day-by-Day by Grace de Bob Hoekstra
Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Nele temos a redenção pelo seu sangue, o perdão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça. (Romanos 6.17-18; Efésios 1.7)
O alvo final da nova aliança é a graça. Graça que permite as pessoas desenvolverem uma relação íntima com nosso Deus eterno, único e verdadeiro.
Começamos nossa história condenados e afastados de Deus: “… vós, que antes estáveis longe”, nos revela Paulo em Efésios 2.13. Só não conseguimos entender o quão longe estávamos. Como podemos compreender a enorme distância que o pecado colocou entre nós e o Senhor? Nossa mente visualiza o lugar mais longe que podemos imaginar. Mas não se trata de distância, e sim de relacionamento.
“Naquele tempo, estáveis sem Cristo,… não tendo esperança e sem Deus no mundo. (Efésios 2.12).
Nós não podíamos conhecê-lo, não podíamos nos relacionar com Deus, não podíamos falar com Ele e nem desfrutar de Sua comunhão. Estávamos, separados da vida de Deus. Entretanto, Deus decidiu derramar sobre toda a humanidade o perdão dos pecados de acordo com as riquezas da sua graça. Como parte do seu plano misericordioso, o Senhor enviou seu filho Jesus para pagar o preço desta redenção.
Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus (1 Pedro 3.18)
Nele temos a redenção pelo seu sangue, o perdão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça (Efésios 1.7)
Agora, o quadro é drasticamente alterado. Por meio de Cristo, não estamos mais afastados de Deus. Nós somos agora membros da família de Deus. Conforme Efésios 2.13,19, somos seus filhos amados:
Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.
Pela obra do Espírito Santo em nossos corações, podemos clamar intimamente ao Senhor como o nosso “Papai do Céu!” Quando cremos, recebemos o Espírito de adoção pelo qual podemos clamar: Aba, Pai. É o próprio Espírito quem testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Romanos 8.16), ou seja, o Espírito Santo, que passa a habitar em nós no momento da nossa conversão, nos dá esta certeza que somos verdadeiramente filhos de Deus. Quer uma evidência? Preste atenção neste texto:
Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão. (1 João 3.10)
Nosso Pai Celestial quer construir uma relação íntima com seus filhos. Ele deseja estender o Seu amor a nós, o amor que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5.5). Mas para que? Para que possamos corresponder a este amor (amando a Ele) e refletir este amor (amando ao próximo):
Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor… Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. (1 João 4.8,19,20)
Deus quer que O invoquemos, para que Ele possa responder a nós. “Clama a Mim” diz o Senhor, “e Eu lhe responderei” (Jeremias 33.3). Ele quer que esvaziemos nosso coração para que possa preencher com a Sua graça. “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.” diz o Salmo 62.8. Pela graça de Deus, o caminho para uma íntima comunhão está agora aberto para nós.
John Newton foi um homem que compreendeu, confiou e se apropriou desta graça. Depois de um curto tempo servindo na Marinha Real Britânica, passou a se dedicar ao trafico de escravos. Conta-se que certo dia, durante uma de suas viagens, sua embarcação foi atingida por uma forte tempestade em alto mar. Momentos depois de Newton deixar o convés, o marinheiro que tomara o seu lugar foi jogado ao mar, fazendo com que ele próprio voltasse a conduzir a embarcação pela tempestade. Diante daquela situação, sentiu quão frágil era e desamparado estava, concluindo que somente a Graça de Deus poderia salvá-lo. Incentivado por esse acontecimento, Newton resolveu abandonar o tráfico de escravos e entregou-se a Cristo. Num belo momento de inspiração, ele compôs uma oração de confissão, que mais tarde se tornaria a canção Amazing Grace (“Maravilhosa Graça” em português).
Amazing Grace
Amazing Grace! how sweet the sound That saved a wretch like me I once was lost, but now am found Was blind but now I see
‘T was grace that taught my heart to fear And grace my fears relieved How precious did that grace appear The hour I first believed
Through many dangers, toils, and snares I have already come ‘This grace that brought me safe thus far And grace will lead me home
The Lord has promised good to me His word my hope secures He will my shield and portion be As long as life endures
And when this flesh and heart shall fail and mortal life shall cease I shall possess within the vale a life of joy and peace
When we’ve been there ten thousand years Bright, shining as the sun We’ve no less days to sing God’s praise Than when we first begun
Amazing Grace! how sweet the sound That saved a wretch like me I once was lost, but not am found Was blind but now I see | Maravilhosa Graça
Maravilhosa Graça! Quão doce é o som Que salvou um náufrago como eu Eu estava perdido, mas fui encontrado Eu estava cego, mas agora vejo
Foi a graça que ensinou temor em meu coração E a graça aliviou os meus medos Quão preciosa aquela graça apareceu Na hora em que eu acreditei
Por muitos perigos, trabalhos pesados e armadilhas Eu já passei Essa graça que me trouxe em segurança de tão longe E graça me conduzirá ao lar
O Senhor prometeu boas coisas para mim Sua palavra segura minha esperança Ele será o meu escudo e quinhão Enquanto a vida durar
E quando essa carne E o coração passarem E a vida mortal cessar Eu terei No vale Uma vida de alegria e paz
Quando estivermos lá há dez mil anos Claros e brilhantes como o sol Não teremos menos dias para cantar e louvar a Deus Que nos dias quando começamos
Surpreendente Graça! Quão doce é o som Que salvou um náufrago como eu Eu estava perdido, mas fui encontrado Eu estava cego, mas agora vejo
|
Em Atos 4.33 lemos que “Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”.
Nossa oração é para que neste projeto, você possa testemunhar corajosamente da ressurreição do Jesus Cristo, e que a maravilhosa graça do Senhor seja derramada de forma abundante sobre sua vida.
Deus o abençoe!
Tags: Graça
