Por Carlos Martins
Uma das frases mais conhecidas da história é: “lavo as minhas mãos”. Ela foi falada por Pilatos, governador romano na Palestina, quando do julgamento de Cristo. Ele se omitiu e colocou o peso do juízo sobre todo o povo. A sua omissão foi pecaminosa.
Um dos maiores problemas na família é a ausência da liderança do homem quanto aos assuntos cotidianos. Onde estava Adão quando sua esposa ouvia as investidas da serpente? Ele não assumiu o seu papel que lhe foi dado anteriormente pelo Criador, acusando a Deus e a mulher pelo problema. “Vocês fizeram, agora se virem”. Não sabemos se esse foi o seu pensamento naquele contexto, mas foi a sua atitude.
Em toda a Bíblia lemos que o papel de liderar foi dado ao homem. Na sociedade israelita o filho mais velho tinha o privilegio e a responsabilidade da primogenitura. Isso envolvia o cuidado da família espiritual e materialmente.
Jesus como o filho mais velho, assumiu a liderança pela sua mãe viúva. Na cruz Ele chama João, o seu discípulo mais achegado e o responsabiliza pelo cuidado dela.
A tendência do homem é silenciar. Para muitos, liderar exige esforço pessoal. Há muita reclamação feminina pela ausência dessa liderança. A palavra reclamação é leve, pois muitas se tornam rixosas e amargas, acarretando-lhes grandes frustações pessoais e dificuldades no relacionamento conjugal. A Bíblia diz: “Maridos vivei a vida comum do lar, para que o seu relacionamento com Deus não sofra interrupção”.
Sabemos como as nossas esposas estão hoje, espiritual, emocional e fisicamente? Entendemos com consideração o choro delas ou é caso para profissional especializado?
Quando elas “estrilam”, a tendência é de fuga, silencio profundo ou conseguimos liderar para a resolução dos problemas? Devolvemos a crítica com todo machismo ou buscamos com inteligência e compreensão entender o “estado elétrico” delas?
Queremos com um coração verdadeiro, saber o que de fato está acontecendo ou ficamos amuados e durões na nossa ostra? Conseguimos sentir o problema delas?
Temos conhecimento da vida pessoal e estudantil dos nossos filhos? Assumimos a paternidade ou eles já foram terceirizados?
Será que liderar é só trazer recursos para casa? Quando estamos fora do lar, fazemos contatos para saber como eles estão? Com certeza nos negócios faremos isso.
O “lavar das mãos” na vida familiar só deve acontecer se for para tê-las limpas, com disposição para ajudar e vindos de corações verdadeiros.
Homens, Deus nos responsabiliza a conduzir a família, tanto quanto sabemos cuidar e proteger a nós mesmos. É difícil, mas Ele pode nos orientar pela Sua Palavra.
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