“Disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” (Leia João 8.1-11)
Buscar o bem do próximo, ser compassivo e falar sobre os outros somente coisas boas ou para o seu bem. Como seria o mundo se esta fosse a realidade vivida por toda a humanidade? E quanto a nós: como seria a Igreja se os cristãos agissem assim, como Deus espera? Se aprendêssemos a ser humildes como Deus deseja, nossas bocas somente se abririam para falar o bem sobre os outros, nunca como inquiridores. No caso de lembrar ou perceber alguma coisa negativa sobre alguém, somente nos concentraríamos nisto para ajudar aquela pessoa. Infelizmente a realidade é outra.
“O homem que não tem juízo ridiculariza o seu próximo, mas o que tem entendimento refreia a sua língua. Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo.” (Provérbios 11.12-13 NVI)
Falta de compaixão tem sido uma das marcas mais vergonhosas da nossa sociedade, fortemente refletida no seio da Igreja. Penso que, se trocássemos o parâmetro para amar o próximo de “como eu me amo” para “como Cristo nos amou”, muita coisa mudaria (compare Mt 22.37-39 com Jo 13.34). A prática deste amor foi expressa pelo apóstolo Paulo em Romanos 12.10:
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.”
O orgulho do nosso coração faz com que raramente nos preocupemos com os outros; nos importemos com as necessidades e as aflições do próximo. Uma pessoa orgulhosa não vê nada além de seus próprios desejos, nada além de suas necessidades. Só nos lembramos do próximo quando é para apontar algum defeito ou falha cometida. Quantos de nós temos este hábito de comentar a respeito da vida alheia, falar mal da vida dos outros? Você faz isto (também)?
Se não aprendermos a cultivar um espírito humilde não poderemos amar e servir aos outros, nem nos relacionarmos da maneira como Deus quer. Não poderemos também nos comunicar apropriadamente, resolver conflitos, ou lidar da maneira correta com os nossos pecados nem com os pecados do próximo. Sem humildade, não podemos resistir (em especial) ao nosso próprio pecado. Em resumo, devemos abraçar e praticar a humildade, a fim de viver e ser, verdadeiramente, aquilo que Deus quer que sejamos. Esta é a razão porque Ele nos exorta através de Paulo:
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão.” (Efésios 4.1-2)
Reflita:
Cultivo um espírito crítico, sempre em busca de encontrar culpa no próximo? Analiso os defeitos das pessoas com um microscópio, enquanto procuro ocultar ou deixar de olhar para os meus? Já aprendi a ser misericordioso, a ser capaz de perdoar pelo simples fato de ter recebido perdão de Deus (Mateus 5.7; 18.23-35)?
Ore:
Senhor, ajude-me a reconhecer meus erros, dê-me coragem para assumi-los e pedir perdão quando necessário.
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