A Bíblia é um livro que fala muito sobre emoções, mas nenhuma aflição ou angústia se compara à profunda tristeza que Jesus passou no jardim do Getsêmani na noite da traição.
Nas palavras de Jesus, sua alma estava profundamente triste, A PONTO DE MORRER. O sofrimento de Jesus era tamanho, que o evangelista Lucas nos informa que “seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão” (Lc 22.44). Mas por qual razão Jesus sofria tanto?
Pessoalmente, acredito que Jesus ponderava o significado de estar longe de Deus, o que aconteceria no momento que nele fosse depositado o pecado do mundo. E como foi que Jesus lidou com tamanho sofrimento e tentação? Ele orou.
Marcos, o evangelista que eu destaco aqui, disse: “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: ‘Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres’” (Mc 14.35, 36).
Percebam que nesta oração, Jesus:
- Se colocou diante do Pai com reverência e humildade.
- Demonstrou humildade e afeto para com o Pai.
- Reconheceu o poder do Pai.
- Pediu respeitosamente ao Pai.
- Submeteu-se à vontade do Pai.
O que você faz quando diante de uma situação tão difícil e extrema? Qual a sua atitude quando fortemente tentado?
Interessante é pensar que a vitória de Jesus sobre a tentação não lhe tirou a dor que sua alma sentia e seu corpo dizia, mas firmou a certeza e cravou o exemplo de que não há nada mais importante do que ser fiel ao Pai.
Lidar com as tentações não garante mudanças nas circunstâncias. Jesus, por exemplo, ainda sofreu muito depois do Getsêmani: chicoteadas, uma coroa de espinhos, insultos, cuspes e as mãos e os pés pregados numa cruz.
Quando oramos a Deus para lidar com situações de extrema tentação, consequentemente de sofrimento, ainda que seja legítimo pedir pela mudança das circunstâncias – Jesus fez isso – entenda que primariamente Deus trabalhará no nosso coração. As circunstâncias podem continuar as mesmas, mas a oração nos aproxima de Deus, e quanto mais perto dele, mais próximos da luz que dissipa a escuridão e nos dá sabedoria e coragem estaremos.
Nesse trecho do Evangelho (Mc 14.32-42), Marcos contrasta a atitude de Jesus com a dos discípulos, que falharam em vigiar e orar. Vamos orar para ser mais como Jesus? “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado” (Hb 4.15).
Ele sabe o que é ser tentado e seguramente nos ajudará.
>> O conteúdo deste texto pode ser visitado e visto com mais detalhes na mensagem bíblica do dia 16/08/2020 pregada na Igreja Batista Fonte de Paulo Afonso. (Clique aqui para acessá-la)
