“Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria. A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos (falsos), a sua mesma falsidade os destrói.” (Provérbios 11.2-3)
Que somos orgulhosos é fato. Viver uma vida marcada pelo orgulho e insistir neste pecado em nada nos ajudará. Muito pelo contrário, pode ser que o orgulho nos leve para uma espiral decadente, um poço cada vez mais fundo. Por exemplo: se retrocedermos apenas dois estudos, lembraremos que nosso orgulho nos impede de aceitar críticas e admitir culpa. O passo seguinte, então, é jogar a culpa nos outros. Tudo isto por quê? Simplesmente porque o orgulho tem uma autoimagem a zelar!
Sentir dificuldades em compartilhar nossas fraquezas espirituais com outras pessoas é um indicativo de que o orgulho está imperando. Quando testemunhamos que é Deus o autor de uma vida vitoriosa, apesar de quão miseráveis pecadores somos, mudamos o foco do Eu para Ele; deixamos de agir com dissimulação, de fingir que não temos pecado algum em nossa vida para testemunhar que somos salvos única e exclusivamente pela Sua graça.
Porém, a pessoa orgulhosa fará qualquer coisa para que os outros não descubram coisas negativas a respeito dela. O motivo disto tudo é um só: somos tão preocupados com as opiniões alheias que acabamos gastando muita energia trabalhando para sustentar nossa imagem e reputação. E isto está muito longe da preocupação sadia em manter um bom testemunho. Muitas das nossas decisões são baseadas naquilo que os outros pensam. Nossa preocupação em ganhar a aprovação e estima dos outros, em focalizar no que os outros pensam sobre nós ou em tentar impressioná-los, mostra que estamos mais inclinados agradar a homens do que a Deus. Paulo sabia que vida cristã autêntica nada tinha a ver com ser politicamente correto. Ele demonstrou isto na sua exortação aos gálatas:
“Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1.10)
O antídoto para este mal já foi receitado há muito tempo. Lemos, sabemos, mas não o tomamos. Foi o próprio Senhor Jesus quem nos receitou: Creia em mim, e ame ao próximo como eu vos amei. Leia o Evangelho de João atentando para isto. (Ver 1 João 3.23)
Creia em mim: A pessoa humilde vê Cristo como sua vida e seu primeiro amor. Não há outra coisa ou pessoa além de Cristo. Durante todo o dia o humilde conversa com Cristo e o louva com frequência. Para nós, o viver deve ser Cristo e morrer, lucro (Fp 1.21).
Ame ao próximo como eu vos amei: Significa preferir os outros a si mesmo. A pessoa humilde deseja honrar os outros, sem levar em conta, primeiramente, sua própria imagem, seus direitos e interesses (Rm 12.10).
Viver o amor que Cristo nos ensinou, nada tem a ver com o quanto nos amamos (preocupados com a nossa imagem), mas com quanto e como Ele nos amou, dando sua própria vida por nós.
Definitivamente, viver uma vida baseada na falsidade e na hipocrisia, para manter intacta a nossa imagem não é o que Deus planejou para nós. Precisamos nos preocupar mais em ser sinceros e verdadeiros, importando exclusivamente agradar a Deus.
Reflita:
Provérbios 28.13 diz que “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. Como posso aplicar esta verdade na minha vida? Sou aberto e transparente em relação às minhas dificuldades? Reconheço minha culpa? Sou integro ou dissimulador?
Ore:
Senhor, ensina-me ir além de reconhecer meus pecados. Ajude-me a confessá-los. Dá-me ainda a vontade, a coragem e a determinação para abandoná-los. Que meu prazer esteja apenas no Senhor.
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