“… perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal.” (Mateus 6.12-13)
O espírito de orgulho, enquanto ativo, tende a ser o rei absoluto de todas as características negativas e destrutivas que podem constar de nossa personalidade. Como parte do processo de santificação (que Deus deseja ver plenamente operante em cada um de nós), o Espírito Santo nos auxilia a vencer ou evitar qualidades negativas em nossa personalidade, a começar pelo orgulho. Mas, conforme vimos, ninguém está a salvo e imune a ele. Todos os cristãos, jovens e velhos, “supersantos” ou não, têm que manter vigia constante sobre este pecado mordaz, e fazer tudo para impedir que esse mal se estabeleça em nossas mentes e corações.
Aprender a perdoar é condição sine qua non para crescer na graça de Cristo. O orgulho se contrapõe ao perdão. Não perdoar é orgulho puro!
A pessoa orgulhosa raramente (para não dizer nunca, jamais) admite seus pecados ou pede perdão aos outros. Não vê ou não admite seus pecados porque está cega pelo seu orgulho ou, simplesmente, porque não deseja humilhar-se diante do outro e lhe pedir perdão. Elas sempre esperam que o outro peça perdão em situações conflituosas ou em mal entendidos, pois tem muita dificuldade em dizer: “Eu estava errada, você me perdoa?” Ao invés disto agem como quem diz: ”Eu me rebaixar e ir até ele para acertar a situação? Jamais!”
Preste bem atenção no que Jesus ensinou, e veja se pode aplicar em sua vida:
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mateus 5.23-24)
Interessante este mandamento: a reconciliação deve partir de você. Se você se lembrar (e o Espírito Santo o lembrará), deixe de lado suas demonstrações de espiritualidade no culto público e vá se reconciliar com teu irmão, senão (creio que posso concluir) a sua oferta de louvor e adoração não terá valor nenhum para Deus.
A questão do perdão é tão séria para Deus, que em outra passagem Jesus conta uma parábola que expressa muito bem a nossa situação diante do Senhor (Leia Mateus 18.21-35). Quando não perdoamos, somos exatamente como aquele servo mau. Pense bem neste final:
“Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?”
O que Deus espera de nós? Presteza em perdoar e pedir perdão! Não vacile, humilhe-se, se for necessário. O humilde se mostra pronto a perdoar porque sabe o quanto tem sido perdoado. Ele não tem problema em pedir perdão porque o desejo ardente de seu coração é ser um pacificador. Vale a pena guardar as palavras do apóstolo em Colossenses 3.12-14:
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.”
Reflita:
Tomo a iniciativa da reconciliação quando há um mal-entendido ou conflito nas minhas relações? Sei pedir perdão? Faço isto, quando necessário? Em benefício do Reino?
Ore:
Senhor, que o ensino e modelo de perdão incondicional de Jesus seja o meu parâmetro para perdoar. Assim como Tu me perdoaste em Cristo, assim também eu possa perdoar – incondicionalmente – aqueles que de alguma forma me ofendem ou ofenderam no passado.
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