“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.” (Leia Salmos 32.1-6)
Somos conhecedores do bem e do mal. Este “prêmio” da desobediência foi justamente a proposta do tinhoso aos nossos avós. A partir de então, tudo neste mundo tem sempre dois lados: um bom e um mal. Tudo mesmo! Até o manter um bom testemunho pode se apresentar como sendo uma coisa boa mas ocultar o mal (hipocrisia). E sabe o que macula esta nobre batalha? Pois é, ele mesmo…
O orgulho está presente nas nossas ações, nas nossas decisões e vai além. Ele influencia até nossas intenções mais profundas, ou seja, o orgulho também diz respeito às motivações mais ocultas do nosso coração. Não foi à toa que Salomão aconselhou em Provérbios 4.23:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”
Um coração contaminado com orgulho certamente contaminará todo o curso da nossa vida. Um pouco mais adiante, lemos no mesmo livro (Pv 6.16-19) uma listinha de coisas abomináveis ao Senhor:
“Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”
Note que começa com orgulho, mas abrange todas as áreas vitais do nosso ser: olhos, língua, mãos, pés e coração. Este mal pode denegrir tanto nossa alma a ponto de comprometer totalmente nosso estilo de vida, direcionando todos os nossos pensamentos e atitudes. Ao chegar neste ponto, querer sustentar um bom testemunho não passa de farsa e hipocrisia.
Pessoas orgulhosas não estão preocupadas em manter uma vida íntegra perante Deus, mas somente a aparência diante dos homens; temem serem descobertos e as consequências que isto acarretará. Quando isto ocorre, o orgulhoso pode apresentar muitas desculpas, como, por exemplo, “Eu estava cansado, vulnerável por causa disto ou daquilo” ou “Eu estava num dia muito ruim” e por ai vai. Ele jamais admitirá estar errado. Suas defesas serão contemporizar para encontrar a desculpa ideal, ou então procurar explicar as causas de seus atos para tentar justificar-se. Mais uma vez, recorremos para a Palavra de sabedoria:
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Provérbios 28.13)
Talvez Salomão tivesse aprendido com as experiências e os escritos de seu pai Davi (refiro-me aos Salmos 32 e 51 especificamente). Apesar de tudo o que ele fez, a Bíblia chama Davi de “um homem segundo o coração de Deus.” Sabe por quê? PorqueDavi tinha um espírito pronto a admitir e disposto a aprender (Leia II Samuel 12.1-7).
A pessoa humilde tem consciência de seu pecado; que não pode confiar na sua própria carne; que ainda não atingiu a perfeição (nem atingirá nesta vida); que não sabe todas as coisas, e quando ela pensa que está certa, mostra-se disposta a considerar que pode estar errada. A pessoa humilde também sabe que Deus pode usar qualquer um para ensiná-la.
Reflita:
Procuro a integridade diante de Deus ou apenas mantenho as aparências? Peço para Deus sondar meu coração para trazer à tona a verdadeira motivação das minhas atitudes? Consigo distinguir uma motivação orgulhosa? Aprendo com outros irmãos?
Ore:
Senhor, que eu nunca me engane ou me iluda com minha aparente justiça. Não permita que sustentar máscaras seja minha principal ocupação.
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