Por Joe McKeever
Qualquer um que duvide disso, deveria ficar do lado de fora de uma típica igreja, numa manhã de domingo, e escutar: “Gosto do jeito que ele prega”. “Ele me faz sentir bem”. “Eu não gosto do que ouço”. “Eu não tenho certeza qual é a desse pregador, mas eu não gosto dele.” Eu gosto, eu não gosto, eu sinto, eu não sinto.
O que eu quero em uma igreja… O que estamos procurando… Porque estamos pensando em ir embora…
E assim vão os comentários. As pessoas querem o que querem. E com a disponibilidade de igrejas de todas as listras e cores, variedades de tamanhos, arquitetura, programas, música, pregação, e doutrina, ninguém precisa ficar onde eles estão infelizes. Então, eles continuam se mudando. E assim os pastores continuam estudando “o que as pessoas querem em uma igreja”. E a liderança leiga continua sondando a congregação: “O que vocês querem em um pastor.”
Que Deus nos ajude.
Na história em quadrinhos “Peanuts” (snoopy), as crianças escreviam uma tarefa sobre suas férias de verão. Linus estava bem empenhado na tarefa. Ele escreveu algo como: “Apesar de eu ter tido um monte de diversão neste verão, na praia, ter ido ao cinema, jogado bola e saído de férias com a minha família, eu não podia esperar para voltar para os salões sagrados de aprendizagem. Senti falta da minha incrível escola, dos meus livros maravilhosos e do meu excelente professor. Estou tão feliz por estar de volta”.
Ele entregou a tarefa e ficou lá enquanto o professor a lia. “Um A?”, pergunta ele. “Muito obrigado, senhora.” Ao sair da sala, ele olha para uma outra criança e diz: “Com o passar dos anos, aprende-se a fazer aquilo que vende”.
Muitos dos pastores descobriram “aquilo que vende” e se determinaram a oferecer um cardápio constante disso às suas congregações.
Isso é alimentado por um monte de coisas: ambição pessoal, segurança no emprego, para atrair multidões, aumento no orçamento e ser notado. A carne anseia pelo que quer. O Evangelho de “agradar os ouvidos” diz que os pastores devem falar palavras bonitas, nunca sacudir o barco, e escolher apenas as doutrinas que as pessoas concordam. Ou melhor ainda, evitar a doutrina completamente e ficar com temas que com certeza vão atrair uma multidão. “Como ser um vencedor em um mundo perdedor”. “Como superar sua baixa auto-estima”. “Como ser popular e ainda agradar a Deus”. “Como ser romântico com seu cônjuge”. “Como ter filhos perfeitos”.
Às vezes, a mensagem que pregamos é desagradável.
Em seu último aviso à igreja, especificamente para o jovem Pastor Timóteo, mas através dele para nós, Paulo sugere que a sã doutrina pode ser desagradável para o ouvido. A verdade de Deus pregada por um discípulo fiel do Senhor Jesus faz um monte de coisas:
– Repreende nosso egocentrismo.
– Ele nos mantém em um padrão mais elevado.
– É como uma cirurgia ou medicamento em que, a curto prazo, pode ser doloroso, mas o resultado é a saúde.
É por isso que apenas líderes corajosos devem ser escolhidos pelas igrejas. Eles entendem essas coisas e estão dispostos a pagar o preço. Outros não estão.
“Mestre”, disseram os discípulos, “você está ciente de que os farizeus ficaram ofendidos com o que você disse?” (Mateus 15). “Deixe-os de lado”, disse o Senhor. “Eles são líderes cegos dos cegos.”
Líderes corajosos são essenciais.
É desnecessário dizer que os pastores e outros ministros devem ser homens e mulheres de coragem. Mas, da mesma forma, os líderes leigos devem ser pessoas de força e firmeza.
– Tais líderes encorajarão o pastor a pregar a verdade mesmo que ela doa.
– Tais líderes apoiarão o pastor quando ele pregar a verdade nua e crua e receber críticas. Eles devem lembrar ao povo de Deus que “nenhum castigo no momento parece ser agradável… mas depois produz o fruto pacífico da justiça” (Hebreus 12:11).
– Tais líderes falarão aos membros da congregação que estão provocando conflitos a respeito do que o pastor está pregando. Se o homem de Deus está dizendo a verdade e sendo fiel, a liderança leiga deve ter a coragem de apoiá-lo.
– Tais líderes permitirão até mesmo que alguns membros infelizes da igreja saiam, quando não podem forçar sua ideia ou maneira. Eles não vão culpar o pastor por terem saído. Qualquer um que faça uma leitura rápida dos Evangelhos verá nosso Senhor deixar o povo ir embora porque eles não podiam aceitar Sua verdade. E ele não culpou a si mesmo ou duvidou da mensagem que ele estava pregando.
Ore por seus líderes, amigos. E os apoiem, especialmente quando eles estão sendo criticados. Se eles são fiéis, então seja você fiel.
Deus, abençoe sua igreja. Por favor.
Fonte: https://churchleaders.com/pastors/pastor-articles/321359-gospel-ear-tickling-joe-mckeever.html
Tradução de Robinson dos Santos
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