Por Paul Tripp
Adaptado.
Já temos os resultados das eleições no Brasil. O que você achou? Talvez o candidato em que você votou tenha vencido. Ou talvez o oposto seja verdade. Talvez você esteja irritado com os resultados, ou confiante e seguro. Talvez esteja confuso e perturbado com o futuro.
Seja lá o que você pensa sobre política e eleições, você precisa entender a soberania de Deus para dar sentido ao que parece, às vezes, não fazer sentido algum:
- O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer. (Provérbios 21.1)
- Pois do Senhor é o reino; ele governa as nações. (Salmo 22.28)
- Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir. (Daniel 2.21)
Esse último versículo me dá muita confiança: “Ele remove reis e estabelece reis”. Embora venha de uma narrativa histórica de muitos anos atrás e de uma terra distante, o mesmo Deus que governou Daniel, Nabucodonosor e a Babilônia é o mesmo Deus que governa hoje. Ele nunca mudou. Seu poder, autoridade e soberania não diminuíram.
Nabucodonosor havia se declarado a autoridade suprema, estava obcecado por sua própria glória e exigia a adoração que era devida apenas a Deus.
Doze meses depois, quando o rei estava andando no terraço do palácio real da Babilônia, disse: “Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?” (Dn 4.29,30)
Assim, o Rei dos reis e Senhor dos senhores levantou-se para demonstrar a Nabucodonosor e às gerações seguintes quem era verdadeiramente soberano. “Enquanto as palavras ainda estavam na boca do rei, caiu uma voz do céu…”
“A sentença sobre Nabucodonosor cumpriu-se imediatamente. Ele foi expulso do meio dos homens e passou a comer capim como os bois. Seu corpo molhou-se com o orvalho do céu, até que os seus cabelos e pêlos cresceram como as penas de uma águia, e as suas unhas como as garras de uma ave”.(Dn 4.33)
Nabucodonosor só tinha poder pela vontade do Senhor e sob seu comando. Por ordem de Deus, esse ser humano do governo podia ser considerado impotente e humilhado. Há apenas um que governa os assuntos do céu e da terra, que traça o curso da história e por cuja vontade os reinos da terra se erguem e caem – e não é um político, ditador, CEO bilionário ou uma celebridade.
A imagem de Deus levando Nabucodonosor do palácio ao pasto deve vir à mente quando você for tentado a perder a esperança, parar de orar e ceder ao compromisso quando se trata de eleições ou autoridade governamental. (Leia o cap.4 de Daniel para entender melhor a história.)
Nenhum líder humano tem poder autônomo. Nenhum líder humano é a autoridade final. Nenhum líder humano tem um governo independente.
Só o Senhor é soberano.
>> Original em inglês: https://www.paultripp.com/wednesdays-word/posts/political- elections-and-nebuchadnezzar
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